sexta-feira, 28 de junho de 2019

As Sem Abrigo De Lisboa - Mulheres Que Sonham Com Uma Casa- RTP-Madeira


Na RTP Madeira com a Sra Vereadora da Câmara Municipal do Funchal, Drª Madalena Nunes, a falar da situação das Mulheres Sem Abrigo e do livro As Sem Abrigo De Lisboa que irei apresentar dia 3 de Julho no Funchal. 


É muito gratificante para mim conjugar as questões de género com a pobreza em geral e em particular com a situação de extrema vulnerabilidade que as mulheres sem abrigo vivênciam. Grata à Câmara Municipal do Funchal pelo convite.

https://www.facebook.com/AMFMMFMS/videos/316390909250262/?t=0


Poderá adquirir o livro em :https://chiadoeditora.com/livraria/as-sem-abrigo-de-lisboa-mulheres-que-sonham-com-uma-casa
https://www.fnac.pt/As-Sem-Abrigo-de-Lisboa-Ana-Ferreira-Martins/a1041358




quarta-feira, 12 de junho de 2019

A VIDA

A vida!...essa estranha coisa com que temos que lidar no dia a dia!... tantos cuidados, tantas ilusões, tantas imagens!..., e tudo não passa de um passa tempo!...
O corpo, o espírito, a alma, a mente..., qual a verdadeira ligação entre estas dimensões?
Quando entenderemos de forma simples e inata o que julgamos ser complexo e inacessível?

terça-feira, 11 de junho de 2019

A fusão integrativa das mulheres num mundo pré-concebido por homens

MORRIGAN E CU CHULAINN
Ela apareceu ao herói Cu Chulainn (filho do deus Lugh) e ofereceu a ele seu amor. Quando ele não a reconheceu e ainda a rejeitou, ela disse a ele que o faria perder uma batalha. Quando ele foi morto, ela pousou em seu ombro em forma de corvo. O azar de Cu Chulainn foi nunca ter reconhecido o poder feminino da soberania oferecido a ele.



A era das novas tecnologias, através das redes sociais, veio criar um espaço específico, o qual foi massivamente apropriado pelas mulheres. Elas já não precisam de sair de casa, para formarem grupos de discussão e de interesses, já não precisam de sair de casa para interagirem. Elas manifestam de forma clara o que pensam sobre a forma como a sociedade as trata.


Alguns, poucos, homens têm-se identificado e aliado de uma forma consciente com a luta das mulheres pelos seus direitos, numa sociedade fortemente masculinizada e tremendamente injusta a que as mulheres têm de forma violenta e inconsciente sido sujeitas, e têm, através da alteração de comportamentos e actualização das leis que regem as sociedades, facilitado o acesso das mulheres a algumas dimensões da vida humana que foram inexplicavelmente vedadas às mulheres!.. como por exemplo, viajarem sozinhas sem terem que ter a autorização do marido, pai ou irmão, consoante a situação da mulher, poderem receber os seus salários sem intermediários, não permitir que legalmente os maridos lhes batam, poderem casar com homens com um salário mais baixo que o delas, poderem frequentar a faculdade e até votar, e muitas outras práticas que subjugavam a mulher ao homem!.... 

Os murmúrios da pretensa libertação da mulher do poder que o homem exerce sobre ela, é real, mas sempre balizado e enquadrado sob determinados limites!... A sociedade de forma demagógica e poderei mesmo dizer, hipócrita, aceita e até fomenta movimentos pró-libertação, pró-igualdade das mulheres, contudo não é através de leis ou documentos, por muito bem escritos, impressos e intencionados que sejam por parte de quem os discutiu e concebeu que os comportamentos e as matrizes ideológicas, mentais se alteram. Há toda uma revolução por fazer, talvez a maior desde que a humanidade se tornou escrava da enaltecida masculinidade em detrimento da desvalorizada e esmagada feminilidade. A revolução ao nível da essência dos seres humanos, da verdade humana.

A luta das mulheres por se tornarem à sua maneira, participantes activas na sociedade onde nasceram, é uma verdade irrefutável que as alterações às leis, no sentido da pertença igualdade de género só tem existido devido à pressão de alguns homens sobre o poder dominante do patriarcado, pois as mulheres eram inexistentes neste circulo de poderosas marcantes e influentes individualidades, que sempre povoaram as páginas da história mundial nos últimos 2.500 anos.

As generalizações são perigosas, mas ainda mais perigoso é fazer tábua rasa das minorias ou das maiorias deliberada ou obrigatoriamente silenciadas como é o caso da situação das mulheres no decorrer duma civilização de carácter falocrático e patriarcal.
Ana Ferreira Martins
11-6-2019
Um excerto do livro "Mulher Plena Num Mundo de Homens-Mulheres que sonham"