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domingo, 1 de outubro de 2017

Chiado Editora - Entre o sono e o sonho - Letargia De Uma Vida

Como os sonhos se tornam divertidas realidades!...
Antologia Poemas Contemporânea Da Chiado Editora, Entre O Sono e O Sonho. Aqui estou eu a posar com o diploma de participação maior que eu nas mãos!..
Deixo-vos o poema para vossa apreciação:








A letargia de uma vida
A vida!...
Essa coisa estranha com que temos que lidar no dia a dia...,
tantos cuidados, tantas ilusões, tantas imagens...,
e tudo não passa de um passa tempo!...
O corpo, o espírito, a alma, a mente,
qual a verdadeira ligação destas dimensões?
Quando entenderemos de forma inata o que julgamos ser complexo e inacessível?
A tecedeira
Com o caminhar da vida, dos anos,
a teia vai-se complexificando de tal modo,
que se torna difícil à tecedeira circular no seu habitat.
Perante este facto, só há uma solução,
continuar a tecer,
tentando esquecer a teia que fica lá atrás,
e quando algum dos membros se prende no enlaçado da teia,
é preciso mil acrobacias para se libertar…
Depois, já livre, lá no alto de algumas ruínas,
acorda do sono que semeia os sonhos do seu destino,
e continua a tecer, a tecer sem aparente consciência.
Maria Ferreira
28-8-2017

domingo, 15 de janeiro de 2017

Pensamentos Sobre Palavras

Pensamentos Sobre Palavras

Tanta inspiração estrangulada,
por um filtro de emoções e de sentimentos,
tanto por dizer, sem saber como dizê-lo…
é como se quisesse escrever tudo ao mesmo tempo,
incapaz de fazê-lo, desisto sem nada dizer,
e com tanto para dizer…

Porquê escrever duas folhas se podemos escrever seis?
não será melhor não escrever essas duas,
senão nos sentimos com capacidade de escrever as seis?
talvez os nossos sentimentos devessem ser como a tinta desta caneta,
qualquer um diria que é azul.

Talvez estas linhas que escrevo
para uns sejam vermelhas,
para outros amarelas,
mas para mim terão sempre a cor que eu lhes quero dar.

Porquê que as palavras não suportam os pensamentos?
porquê que os pensamentos muitas vezes não se deixam exprimir por palavras?
não há dúvida que não foram feitos um a pensar no outro.
cada um existe por si mesmo,
a palavra não tem como fim descrever o pensamento,
tem muito mais facilidade em descrever o real que nos circunda, o objectivo, o palpável.

A linguagem do pensamento é muito frágil e muitas vezes
sofre com a acção destruidora das palavras.

 30-3-1982
AMFM