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quinta-feira, 18 de julho de 2019

A Fé e a Caça às Bruxas


Todas as religiões são lideradas por mestres homens e todas elas de forma mais ou menos explicita põem a mulher à margem da sua hierarquia.

Houve-se falar em beatas mas não em beatos, no mesmo sentido implícito neste contexto, o que me leva a crer que sem dúvida alguma, em qualquer religião, têm sido as mulheres as que na sombra e na invisibilidade, são o garante da religiosidade, quer nas práticas do quotidiano, na limpeza e decoração das igrejas, são elas que rezam o terço nas igrejas, que ensinam e divulgam através da catequese a doutrina, são elas que vemos a pagar promessas de joelhos nos santuários pelo mundo fora, assim como quase todas as práticas relacionadas com o “cuidar”, cuidar dos pobres, das crianças, dos doentes, quer sobretudo pela sua capacidade inata em vivenciar interna e externamente a sua fé. Assim se garante e perpetua no ceio da família e da sociedade em geral o modelo elaborado e imposto pelo poder dos homens na hierarquia religiosa.

Sabendo que é pertença dos homens o domínio filosófico e conceptual da relação da humanidade com a Fé, nas igrejas, nas mesquitas, nos locais de culto que operacionalizam a fundamentação, divulgação e perpetuação das diversas religiões, que têm evangelizado a humanidade, questiono-me sobre a espiritualidade e fé, a que de uma forma geral a humanidade tem tido acesso e em particular que sentido fazem estas religiões, concebidas e evangelizadas por homens, para as mulheres, que se tornaram as guardiãs e servis seguidoras das mesmas?

Na ausência de investigação que analise em separado a relação específica dos diferentes sexos com a espiritualidade, pelo menos que eu tenha tido acesso, sempre se registou uma abordagem generalista onde as mulheres aceitaram implicitamente, que quando se falava de homem, falava-se de mulher.

A sociedade normalizadora pela omissão fez com que a própria mulher integrasse esta situação sem a questionar, pois as consequências de o fazer poderiam ter graves consequências para as mesmas. Podendo mesmo chegar ao ponto de serem acusadas de bruxaria e ou desprezadas pelo meio onde se encontravam inseridas ou mesmo sendo queimadas vivas. Perpetuar este conformismo, foi mais uma forma de sobrevivência do que uma opção!...O servilismo da mulher ao poder religioso foi a única saída que proporcionou a integração social da mulher na comunidade onde se encontrava inserida por nascimento.

O senso comum mostra que apesar de serem os homens a dominar as cúpulas e a organização das várias religiões do planeta terra, são as mulheres que lhe conferem sentido e dimensão, pois são elas que se organizam de forma mais ou menos formal, mais ou menos visível em grupos, de catequese, de limpeza, de ornamentação dos espaços sagrados, entre outras manifestações mais viradas para a encenação, organização de procissões de teatro bíblico, etc. e assim têm sido o garante da perpetuação do quotidiano religioso proclamado pelos homens, lideres religiosos que as guiam quer no “Céu como na Terra”


A caça às bruxas, não foi mais do que a caça às mulheres que eventualmente pudessem colocar em causa ou mesmo beliscar o poder dos homens benditos.
https://draft.blogger.com/blog/post/edit/1849180516377773910/1127011663354262713
Ana Maria Ferreira Martins

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Maria, Minha Mãe



Maria, minha mãe.

Mulher que inspiras os meus dias, mãe que me dás a mão e me acompanhas nas provações que fazem parte integrante da vida.

Tu mulher criadora de toda a vida, tu fêmea que de forma virgem te dás ao teu semelhante sem preconceitos, estereótipos, dualidades de bem e de mal.

Tu mãe que proteges e compreendes a dor de todas as mulheres e homens gerados no teu ventre sempre virgem.

Maria, que carregas e projectas a energia celestial em direcção à terra onde os teus filhos e filhas se dilaceram em sofrimentos e celebram a gratidão das coisas maravilhosas próprias da vida!...

Maria, Mãe nossa, espalhai o teu consolo pelos nossos corações doridos de tanto sofrimento.

Mãe divina protegei as mulheres e permiti que seja resgatada a sua dignidade terrena e que a união das essências feminina e masculina seja uma realidade em si própria, plena de verdade e sabedoria divina.




Maria salva-nos desta mentira em que se tornou a celebração da tua fé, num mundo que não é o nosso, mas sim dos que quiseram subjugar-te a um papel secundário e mesmo ausente, na fé vivida no corpo e no espírito!..

AMFM
12-05-2017
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