
"As mulheres, assim como as crianças, foram incorporadas no mercado de trabalho por duas razões. Por um lado era interessante para os industriais substituir o trabalho do homem adulto, por outro, os salários dos homens que continuavam empregados caíram e se tornaram muito baixos, de tal maneira que as mulheres tiveram que complementar a renda familiar, por isso adentraram o espaço da fábrica, porém continuaram responsáveis pelos afazeres domésticos, passando a cumprir dupla jornada de trabalho, recebendo salários inferiores aqueles pagos aos homens e assim se sujeitando a uma intensa exploração.
O trabalho da mulher é um fator desagregador da família, pois se ela passa 12 a 13 horas por dia na fábrica, como então preocupar-se com a casa, marido e educar os filhos.
Engels (2008) relata o aumento da mortalidade das crianças em consequência do retorno das mães às fábricas no terceiro ou quarto dia após o parto, muitas vezes deixando o recém-nascido sob os cuidados do irmão pouco mais velho, “[...] na hora das refeições, correm até lá para amamentá-lo e comer algo – e não é difícil imaginar em que condições ocorre esse aleitamento!” Isso explica o uso de narcóticos para que as crianças permaneçam tranquilas e as mães possam trabalhar.
O mesmo autor complementa que “[...] O trabalho da mulher na fábrica necessariamente desagrega a família, desagregação que, nas condições sociais vigentes, elas mesmas baseadas na família, têm as mais nefastas consequências morais para os cônjuges e para as crianças”. (ENGELS, 2008, p. 181-182).
O trabalho das mulheres também foi explorado nas minas de carvão, na árdua atividade de retirar o carvão do fundo das minas e transportar até a superfície.
Ao analisar este processo Marx sentenciou que depois de 1842, as operárias não são mais empregadas no subsolo, mas para carregar carvão, arrastar as cubas até os canais e os vagões ferroviários, selecionar o carvão etc. O emprego delas aumentou muito nos 3 a 4 anos. São na maioria mulheres, filhas e viúvas dos operários das minas, dos 12 até os 50 e 60 anos de idade. (MARX, 1989, p. 570).
De fato, em muitas situações o trabalho da mulher além de desagregador é um desorganizador da família, pois “[...] é a mulher que mantém a casa, o homem desempregado cuida das crianças e da vida doméstica.” O baixo salário das mulheres, assim como das crianças, fez com que muitos homens fossem condenados ao trabalho doméstico. (ENGELS, 2008, p. 183).
O trabalho das mulheres também foi explorado nas minas de carvão, na árdua atividade de retirar o carvão do fundo das minas e transportar até a superfície.
Ao analisar este processo Marx sentenciou que depois de 1842, as operárias não são mais empregadas no subsolo, mas para carregar carvão, arrastar as cubas até os canais e os vagões ferroviários, selecionar o carvão etc. O emprego delas aumentou muito nos 3 a 4 anos. São na maioria mulheres, filhas e viúvas dos operários das minas, dos 12 até os 50 e 60 anos de idade. (MARX, 1989, p. 570).
Sobre o trabalho nas minas de carvão, o mesmo autor em sua obra O Capital, acrescenta que o capitalista proprietário das minas nomeava “[...] pessoas para supervisioná-la e a política que tem a aprovação dele é a de economizar o máximo possível, e uma empregada jovem recebe 1 xelim e 1 xelim e 6 pence por dia nos casos em que o homem exige 2 xelins e 6 pence.” (MARX, 1989, p. 571)."

OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos
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