Mostrar mensagens com a etiqueta mulher. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta mulher. Mostrar todas as mensagens

terça-feira, 2 de novembro de 2021

Discursos À Margem

Discursos à Margem

Em dia de baptizado de uma linda menina fruto de uma relação fora dos padrões convencionais. Famílias de classe média alta e que, portanto, a diferenciação em relação aos padrões dominantes da sociedade portuguesa é aceite e até olhada com uma certa deferência, por um lado e medo do diferente pela generalidade.

O acesso ao dinheiro confere independência e possibilita uma falsa sensação de autonomia da mulher face ao homem e à sociedade patriarcal em geral. Pois geralmente esta autonomia está completamente e fortemente vinculada ao modelo capitalista e patriarcal. 
As mulheres independentes economicamente tornam-se um alvo mais atractivo para o homem “agarrar” e mais facilmente “desagarrar”, elas sem disso terem consciência pensam que dominam a situação, mas na verdade frequentemente veem-se mais e mais sobrecarregadas com as responsabilidades e com as filhas e os filhos que esses homens lhes vão deixando, numa versão mais ou menos moderna, mais ou menos politicamente correta.

Bom, mas dias de festa, são dias de celebração e como habitual num baptizado ou em qualquer tipo de evento social independentemente da classe social que estejamos a falar, as mulheres formam um grupo na mesa e os homens, outro.

A conversa estabelece-se em torno das grandes e incontornáveis dificuldades em compatibilizar a circunstância de serem mães trabalhadoras e a vida familiar e pessoal.

As respostas institucionais não funcionam em função da optimização do equilíbrio entre estas variáveis e, portanto, a qualidade de vida destas mulheres é sistematicamente ignorada. As instituições da segurança social e do sector privado sem ainda terem consciencializado e interiorizado a necessidade de (re)pensar no bem estar das mulheres depois da sua entrada no mercado de trabalho, concebido à luz das características dos homens, não asseguram de forma articulada com as entidades empregadoras a qualidade de vida e a saúde destas mulheres e crianças que se vêm privadas umas das outras sem que ninguém grite bem alto, que as sociedades humanas precisam do amor e cuidados das mães para que no futuro sejam sociedades onde o amor seja uma realidade e não sejamos simplesmente robôs educados à luz de belas teorias da educação e de desenvolvimento psicológico onde raras vezes se encontra a menção à relação amorosa que a criança e a sua mãe estabelecem ainda útero desta. É importante e essencial para a harmonia das sociedades, que se mantenha nos primeiros anos de vida dos serem humanos esta dialética afetiva.

As instituições fazem uma gestão baseada nas leis elaboradas à luz do modelo patriarcal, onde as mulheres e os homens não foram ouvidos na sua elaboração. Fazem a aplicação das mesmas à volta da optimização dos escassos recursos financeiros, humanos e materiais, imposições e directrizes que respiram os ares do modelo de gestão capitalista patriarcal que ignora e faz tábua rasa do fato de o mercado de trabalho ter sido invadido por mulheres que querem ter os mesmos direitos que os homens num mundo dominado há séculos pelos mesmos e que se vêm completamente cilindradas pela acumulação brutal de actividades. Exigências que a sociedade moderna lhes impõe através das leis mas também e de forma ainda mais perigosa através de um modelo publicitário que o marketing operacionaliza de forma sistematizada e eficaz.

Voltando ao grupo de mulheres, as mais jovens estão a braços com a situação de não ter onde deixar as suas crianças de modo a irem trabalhar nos horários pré-estabelecidos e de acordo com as necessidades dos serviços. Por um motivo, ou por outro, todos eles de ordem operacional, lógicos e racionais, mas que assim sendo não se compreende não comtemplarem a necessidade de correspondência entre o horário de trabalho, o horário das instituições que acolhem crianças e outras necessidades que as sociedades obrigam e vendem, como, o lazer, o desporto, a cultura e os cuidados de beleza esperados e desejados a todas as mulheres!...como por exemplo, unhas arranjadas, cabelos arranjados, bem vestidas e senão maquilhadas visivelmente de rosto e corpo tratado, sob pena de não serem consideradas umas ”senhoras” no local de trabalho ou nas reuniões ou eventos sociais onde os seus maridos, companheiros, ex companheiros as acompanham ou de quem se fazem acompanhar, depende da postura que lhes for mais conveniente.

Bom, depois deste rol extenso de coisas ao cuidado, responsabilidade e gestão da mulher, chega-se ao culminar impactante, do pesado sentimento de culpa expresso por uma das mulheres. Encontra-se separada, com guarda conjunta de dois rapazinhos ainda pequenos, o mais velho de 7 anos, tendo a mesma verbalizado o sentimento de culpa em não conseguir manter o equilíbrio emocional na relação quotidiana com os filhos, tendo que recorrer, em vez do psicólogo ao psiquiatra, pois precisava com urgência de parar os gritos, com que mascarava a aflição de não conseguir ser uma boa mãe. As consultas de psicoterapia ficaram para traz, pois exigiam um tempo para si que não tem e o seu ordenado de técnica superior, não lhe permite auferir de tal luxo.

A heterogeneidade própria de cada uma das mulheres deste pequeno grupo representa de uma forma bastante clara a realidade das mulheres no mundo actual. Casada com filhos, separada com guarda conjunta, companheira sem filhos e família reconstruída com um filho e dois enteados. Todas nós conscientes dos problemas que esta sociedade nos coloca. A casada com três filhos vive mais tempo sozinha do que com o marido pois este está frequentemente ausente em trabalho fora do país.

O que nos uniu foi a consciência de que o sistema não está do nosso lado e de que estamos ou estivemos ou iremos estar à beira de um ataque de nervos quando tivermos que compatibilizar o trabalho com os filho(a)s e a necessidade absoluta em termos tempo para nós próprias e para o nosso equilíbrio.

É verdade que o quotidiano da generalidade das mulheres é uma desgraça!...dar, dar, dar e mais dar, e não se dão a si próprias!... é como se a sua existência se realizasse através da sua anulação. É como se não existissem!...é uma não existência!...pois não se lhe atribui valor existencial. O seu eu, não tem importância para si e, portanto, os outros não lha conferem!...quando acorda, se o chega a fazer é muitas vezes tarde demais e a ruptura com o passado é inevitável, não há como remendar um pano que não existe!...triste, mas real!...

AMFM

29/03/2022




domingo, 13 de dezembro de 2020

A Dor Da Criação


A dor da criação
Vestem-se de cinzento e branco, às vezes preto, não têm a maternidade como prioridade nas suas vidas, o sonho é o sucesso profissional de acordo com a definição de sucesso que o mundo dos homens estabeleceu para eles e que elas aceitaram como igualitário e portanto desejável.
Os filhos só surgem depois de materializadas algumas das muitas condições económicas instituídas pela sociedade capitalista para que a mulher disponibilize o seu corpo e mente para a maternidade.

O mundo do trabalho idealizado pelos e para os homens não encaixa na natureza feminina.
A partir do momento em que a mulher entrou em competição com o homem num mundo que lhe era estranho, a maternidade, por ser um atributo ausente do mundo masculino, passou a ser relegada pelas sociedades capitalistas para uma invisibilidade no espaço e no tempo. É vista como algo que já que tem que ser, seja!..., mas que seja rápida e não traga muitos transtornos ao normal funcionamento do mundo do trabalho idealizado por e para os homens.
Ana Ferreira Martins
Trecho do livro "Mulher Plena Num Mundo De Homens"

quarta-feira, 22 de abril de 2020

O Homem, com letra grande, nunca poderá representar homem e mulher.

A Mulher e a Linguagem 

O Homem, com letra grande, nunca poderá representar homem e mulher

Palácio Foz - Lisboa




Humanidade ou ser humano poderá incluir a mulher. Quando se fala de Homem, não me sinto incluída, talvez porque na realidade a grande maioria das vezes nem implícitas as mulheres estão. 

Portugueses não são portuguesas, trabalhadores não são trabalhadoras, todos não são todas, Homem não é mulher, aluno não é aluna, menina não é menino, gato não é gata, urso não é ursa, amo, não é ama, secretária não é secretário de estado, gestor não é gestora, dá trabalho integrar o feminino na escrita e na linguagem? 

A mim dá-me a sensação de inexistência e exclusão, não me reconhecer na inclusão do masculino!... 

Enfim, para alguma coisa se fala em linguagem inclusiva, onde o ele e o ela, se revejam na comunicação de uma forma individualizada e com as características especificas e diferenciadoras de cada sexo. 

A mulher permite, consente e compactua com comportamentos machistas fomentados pelo patriarcado, sem na maioria das vezes ter consciência de que o faz. 

A brutal e secular aculturação da mulher pelo homem, tem impossibilitado à mulher um olhar transparente e abrangente que permita vislumbrar para além da manta negra que faz a divisão de si mesma e da sua essência feminina. 

A mudança está em curso, e mulher após mulher, vai despertando e sentindo a necessidade absoluta e inequívoca de compreender e tocar a verdadeira e poderosa mulher, que embora adormecida e silenciada pela repressão patriarcal, que habita dentro das suas células e memórias atemporais. 

A Mulher que se expressa com uma linguagem própria e inclusiva, é a que se liberta de forma consciente do poder patriarcal. 

Mulheres, é tempo de repensarem a comunicação e a linguagem, pois ela reflecte comportamentos, pensamentos e acções. 

O reconhecimento do feminino na linguagem não é uma questão de somenos importância, é o reconhecimento de que metade da humanidade existe, não só na escrita e na linguagem, mas sobretudo nas mentes e pensamento da humanidade.

Ana Ferreira Martins







domingo, 10 de março de 2019

Como é ser mãe empregada e separada?

Ser mãe trabalhadora e separada

Aliada à necessidade de independência económica que é o garante da independência da mulher em relação ao homem em geral e ao pai, ao marido em particular, a mulher mãe aquando de uma separação matrimonial, vê-se nos nossos dias completamente armadilhada pelo poder patriarcal, nas suas velhas e novas formas de manifestação, na maior parte dos casos sem disso ter consciência. 

Por um lado, os dados estatísticos (para quem gosta de estatísticas) conferem que os salários das mulheres, mesmo em funções iguais são inferiores aos dos seus pares, homens. A subida na carreira para cargos de administração ou da presidência, são praticamente inacessíveis no privado e no público. Por outro lado, o tempo para cuidar e estar com os filhos é praticamente inexistente. Assim  está criada uma poderosa ratoeira. 

Para ficar com os filhos e ou filhas as mulheres tem que trabalhar, mas para trabalhar não podem ficar com os filhos e ou filhas!...

Nas situações que chegam ao conhecimento da ação social e dos serviços sociais das instituições que realizam intervenção social no terreno, é frequente a coexistência de dificuldades económicas, violência psicológica e física sobre a mãe que se quer separar do pai da criança.

A mãe é frequentemente, ou pelo menos mais do que o desejável, sendo a situação comprovada por, assistentes sociais, juízes e juízas, separada dos filhos e ou das filhas por insuficiência económica, por alegados problemas de saúde mental, devido a depressões ou outras consequências de vidas em comum pouco saudáveis, ou ainda, por  razões relacionadas com a impossibilidade de conciliar o tempo de trabalho remunerado, fora de casa, com a azáfama da vida familiar.

O quotidiano vivenciado pelas mães que se vêm a braços com uma separação do pai dos filhos e ou das filhas, o que de certa forma pode estar relacionado em parte, ao facto de a mulher funcionar dominantemente com o lado direito do cérebro, mais ligado ao emocional e intuitivo, por contraposição ao lado esquerdo, mais relacionado com a lógica e razão, leva a que a mulher viva esta separação com uma maior intensidade psicológica do que a generalidade dos homens, tornando-se tremendamente duro e sofrido para a mulher mãe, a gestão do quotidiano do trabalho, dos filhos e da agressividade latente, que na maior parte dos casos existe dentro das quatro paredes a que comummente se chama lar, quando se está num processo de ruptura familiar.

Sim, é fácil numa sociedade dominada pelos valores da lógica, da razão, do comprovado cientificamente, em detrimento das emoções, das sensações, das intuições e atrevo-me a falar de amor em sentido lato, declarar perante um tribunal que o pai corresponde de forma mais alinhada ao que a sociedade patriarcal estipulou como as condições necessárias ao crescimento saudável e do bem estar, de uma criança.

O drama que a mãe vive na separação é ainda mais acentuado quando o filho ou filha é ainda bebé, onde os laços entre a mãe e a criança são indubitavelmente mais fortes e imprescindíveis para o desenvolvimento dos seres humanos.

Assim, vezes demais a lei é aplicada de acordo com a proclamada igualdade entre homens e mulheres e corta a direito, prevalecendo nas decisões dos tribunais, variáveis alinhadas com o poder económico e com os comportamentos e valores dominantes: O racional, o lógico e o prático, deixando de lado as dimensões afectivas e emocionais.

Que ser humano, homem ou mulher preferiria o bem estar económico ao amor de sua mãe? A resposta é muito fácil quando dada com o coração, o problema é que ninguém nos ensinou a falar com o coração e por isso muitas das decisões não estão internamente alinhadas com a essência feminina.

Para pessoas equilibradas, onde o bom senso aliado ao facto de os filhos não servirem propósitos egóicos. Ricas e ou pobres, que se amam e portanto amam os seus filhos e suas filhas, estas situações limite não se colocam com estes contornos e portanto, o aqui expressado não os tem por referência.
AMFM

sexta-feira, 18 de janeiro de 2019

Carta de amor?

Uma carta de amor que escrevi a pedido da Chiado Editora

"Cara Maria,

Ficamos bastante agradecidos pelo envio do seu trabalho para constar no Volume II da Colectânea de Cartas de Amor, da Chiado Books." Depois de o analisarmos, informamos que o mesmo foi seleccionado."

Carta de Amor?




Se possibilidade houvesse nesta vida terrena de sentires a intensidade do amor que nutro por ti!...

Se soubesses das noites que não durmo tentando perscrutar no infinito da escuridão a tua mão, o teu aconchego, o teu colo!....

Se tu soubesses a saudade que habita este meu corpo desaurido do teu amor pleno de ti e de mim!...

Como te fazer chegar esta carta se tu não reconheces a simbologia de uma linguagem escrita? como te chegar meu amor?!

Diz-me por sinais desconhecidos a forma de te fazer sentir esta carta!...envia-me luzinhas, estrelinhas, pode até ser smiles através de uma qualquer rede social, mas dá-me um sinal que este amor imenso que me transcende desconhecendo a forma de o segurar ou limitar a este quadrado que conheço tão bem!...

Ajuda-me, querida, ajuda-me a fundir-me em ti, esquecendo-me de quem sou. Só te quero sentir, ou me sentir em ti.

Desejo-te como a mim própria, quero-te noite e dia, preciso de ti, sem ti não há vida, não há amor, não há EU.

Diz-me como te hei-de fazer chegar esta mensagem...por carta? por telefone? por internet? por pensamento?

Aguardo resposta e não te esqueças que sem te sentir, meu amor, a minha vida não tem existência!
Amo-te Muito!...
2019-1-18

segunda-feira, 11 de setembro de 2017

Violência Doméstica



A definição utilizada em Portugal no âmbito do nosso primeiro plano Nacional Contra a Violência Doméstica foi enunciada pela Comissão de Peritos como: “qualquer conduta ou omissão que inflija, reiteradamente, sofrimentos físicos, sexuais, psicológicos ou económicos, de modo directo ou indirecto, a qualquer pessoa que habite no mesmo agregado doméstico ou que, não habitando, seja cônjuge ou companheiro ou ex-cônjuge ou ex-companheiro, bem como ascendentes ou descendentes”.

Andamos muito próximo do conceito adoptado e proposto pelo Conselho da Europa que considera violência doméstica sobre as mulheres “ qualquer acto, omissão ou conduta que sirva para infligir sofrimentos físicos, sexuais ou mentais, directa ou indirectamente, por meio de enganos, ameaças, coacção ou qualquer outro meio, a qualquer mulher e tendo por objectivo intimidá-la, puni-la ou humilhá-la ou mantê-la nos papéis estereotipados ligados ao seu sexo, ou recusar-lhe a dignidade humana, a autonomia sexual, a integridade física, mental e moral ou abalar a sua segurança pessoal, o seu amor próprio ou a sua personalidade, diminuir as suas capacidades físicas ou intelectuais”.

É um conceito amplo e de índole descritiva que pretende deixar claro que aqui se incluem formas várias de violência, entre as quais se conta a própria discriminação e depreciação física, moral e intelectual.

Este conceito adoptado pelo Conselho da Europa inscreve claramente a violência contra as mulheres num plano que é também social e, por isso, extrapolado da sua dimensão estritamente doméstica.

É hoje muito claro que no âmbito da violência doméstica as maiores vitimas são, de facto, as mulheres, mas é também sabido que a violência de género não esgota nem absorve todas as formas de violência que atormentam a vida das famílias, as desfuncionalizam e as tornam muitas vezes incapazes de sobreviver.

sexta-feira, 12 de maio de 2017

Maria, Minha Mãe



Maria, minha mãe.

Mulher que inspiras os meus dias, mãe que me dás a mão e me acompanhas nas provações que fazem parte integrante da vida.

Tu mulher criadora de toda a vida, tu fêmea que de forma virgem te dás ao teu semelhante sem preconceitos, estereótipos, dualidades de bem e de mal.

Tu mãe que proteges e compreendes a dor de todas as mulheres e homens gerados no teu ventre sempre virgem.

Maria, que carregas e projectas a energia celestial em direcção à terra onde os teus filhos e filhas se dilaceram em sofrimentos e celebram a gratidão das coisas maravilhosas próprias da vida!...

Maria, Mãe nossa, espalhai o teu consolo pelos nossos corações doridos de tanto sofrimento.

Mãe divina protegei as mulheres e permiti que seja resgatada a sua dignidade terrena e que a união das essências feminina e masculina seja uma realidade em si própria, plena de verdade e sabedoria divina.




Maria salva-nos desta mentira em que se tornou a celebração da tua fé, num mundo que não é o nosso, mas sim dos que quiseram subjugar-te a um papel secundário e mesmo ausente, na fé vivida no corpo e no espírito!..

AMFM
12-05-2017
https://plus.google.com/100559155052713722132/posts/5RhPumogdHB

sexta-feira, 24 de março de 2017

Trabalho de Mulher

O Cuidar da casa, das crianças, dos mais velhos e das mais velhas, dos e das doentes, etc...., ainda é um trabalho feito maioritariamente por mulheres.

Feito fora da sua casa, da sua família, é pago. Ao longo dos séculos a gestão económica dos estados nunca orçamentou essas imensas horas de trabalho realizado por mulheres. Não seria altura de os orçamentos de estado contemplarem os custos deste trabalho, determinante para o bem estar das sociedades?!

https://plus.google.com/109688844056116994029/posts/6D147MJ21WB

domingo, 12 de fevereiro de 2017

A Mulher na Bíblia

Miguel Ângelo no tecto da Capela Sistina
 "Salvé Maria, cheia  de graças" canta Gabriel, o anjo que vem anunciar a Maria a sua maternidade virginal: primeira saudação do céu à terra nos Evangelhos.
"Eu sei que tu és bela"
exclama Abraão ao glorificar Sara sua esposa: primeira palavra dirigida por um homem a uma mulher na Bíblia.
Beleza, plenitude de graças, maternidade, "glória do Homem", dirá o apóstolo Paulo, mas também "glória de Deus", acrescentará num registo mais subtil.É esta a mulher que eu gostaria de celebrar nestas páginas, eu mulher cheia de uma tal riqueza e por vezes tão dorida de a não poder dar à luz!
Ao dizer isto, abordo desde logo três níveis do feminino:

- a mulher que eu sou no plano biológico;
- O feminino "outro lado de Adão", o da interioridade do homem e da mulher de que este livro vai tratar;
- e também a humanidade inteira (homens e mulheres) feminina relativamente a Deus.

A humanidade é a "glória de Deus", que o Verbo põe à cabeça da Criação no "Tu" nascido do seu "Eu" divino desde a primeira letra do Bereshit. O Bereshit é o livro do Génesis, assim chamado em hebreu devido à primeira palavra que a compõe, a qual, segundo assegura a Tradição, contém a totalidade do Tora. por sua vez a primeira palavra. acrescenta ela, confia o seu segredo à primeira letra, o beit. A letra beit abre e percorre o nosso livro sagrado. ela é o "Tu" jorrado dos lábios divinos como uma semente de amor entregando esse "outro" que não pode ser outro sem romper o infinito de Deus!
Mas, ó maravilha, ela é ruptura e não-ruptura; semeada por Ele, contém a sua infinidade; criada, ela é a matriz do Incriado; em face d`Ele. ela é o "dois": está também sujeita à dualidade: constituída por pólos opostos e complementares, um dos quais não pode ser sem o outro, esta é recapitulada no homem e na mulher.
Annick de Souzenelle, O Feminino Do Ser, para acabar de vez com a costela de Adão,1997 Pág,9,10
https://plus.google.com/100559155052713722132/posts/atvBjcS8bgZ


terça-feira, 3 de maio de 2016

Sair do Quadrado



É urgente sair do quadrado!...este quadrado de servidão, normas e leis que nos aprisionam. 
Contestar,informar, lutar contra este desgraçado paradigma de uma pseudo-verdade que não passa de uma ficção projectada em nós mulheres. Não é o homem novo de Nietzsche, mas sim a mulher nova da humanidade.
Esta mulher nova está longe da sua verdade, para lá chegar não sei que caminho deve tomar porque o arame farpado e a escuridão não me permite aceder a esse mundo essencial, real e portanto quem sabe, verdadeiro.
AM

http://anamartinsss.blogspot.pt/2016/05/sair-do-quadrado.html

quarta-feira, 27 de abril de 2016

As Mulheres de Volta à Humanidade

É verdade, que as questões práticas do comportamento das mulheres se alteraram para melhor na forma, mas também é uma realidade de que a matriz do pensamento machista, se mantêm!...É a cultura dos homens, que nos oprimiu e oprime. É preciso resgatar dentro de nós mulheres o que é nosso e libertarmo-nos do modelo, do quadrado onde nos colocaram à nascença, com as suas leis, regras, modelos...é disso que temos de nos ver livres...estou farta e cansada dos amendoins!...Eu quero-me e às mulheres de volta à humanidade!...estou cansada do patriarcado e do que ele fez e continua a fazer à essência das mulheres. Destruiu, matou, anulou o feminino na mulher e transformou-a num macho que já nem saias usa...transformou-a à sua imagem e agora temos isto!...mulheres satisfeitas com migalhas, quando elas só têm que encontrar o seu modelo e não o que lhe foi imposto à nascença.
Movem-se sem alguma consciência da aculturação a que estão sujeitas, há uma eternidade!...enquanto estas mulheres não ganharem consciência desta situação, o mundo continuará a girar nos mesmo moldes que nos últimos milénios. A lei do mais forte, o mais racional, o mais lógico e dimensões ligadas ao sentir, às emoções, às intuições, ao sentir simplesmente são relegadas para lado nenhum, desvalorizadas, mortas!...É este o paradigma que na minha opinião se tem que alterar, sobe pena de deixarmos destruir o planeta e a própria humanidade no seu todo. É no resgate do feminino e do masculino essencial que reside a harmonia e não no domínio de um principio pelo outro. É neste monstruoso e óbvio desequilíbrio que reside, todas as fontes de conflito universal!.
..