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terça-feira, 27 de abril de 2021

O Controle das Emoções e Intuições das Mulheres

Perséfone: Deusa da Intuição
O Controle das dimensões emocionais e intuitivas das Mulheres

Patriarcado tem controlado de diversas formas:

Pela força física, religião, política, os comportamentos e as ações das mulheres, mas não o ato da criação fisiológica, mental e espiritual.

É aí, portanto, que permanece inviolável a força natural da mulher. A força, que por uma razão ou por outra, a mulher conseguiu com maior ou menor consciência e dificuldade, escapar à malha apertada da teia de controlo que teceram ao redor da dimensão feminina da humanidade.

É no mundo do inconsciente que residem a maioria das nossas emoções e intuições, é nele que temos que procurar-nos! Temos que tornar consciente o que nos foi de forma óbvia, vedado, desvalorizado, ridicularizado. É neste inconsciente feminino que embora invejado, porque desconhecido e inacessível, por séculos e séculos de escravidão, que temos que nos encontrar para procedermos à  reconstrução da nossa identidade feminina. As sociedades humanas precisam desse resgate, para evoluírem para além do que hoje conhecemos.

Ana Ferreira Martins



































quinta-feira, 15 de abril de 2021

Conversa sustentabilidade e pobreza menstrual

Sobre pobreza e sustentabilidade menstrual. Um tema que importa discutir e reflectir para tornar as sociedades mais justas e inclusivas. Onde o direito ao bem estar social, seja universal e democrático. Veja aqui!...

quinta-feira, 18 de julho de 2019

A Fé e a Caça às Bruxas


Todas as religiões são lideradas por mestres homens e todas elas de forma mais ou menos explicita põem a mulher à margem da sua hierarquia.

Houve-se falar em beatas mas não em beatos, no mesmo sentido implícito neste contexto, o que me leva a crer que sem dúvida alguma, em qualquer religião, têm sido as mulheres as que na sombra e na invisibilidade, são o garante da religiosidade, quer nas práticas do quotidiano, na limpeza e decoração das igrejas, são elas que rezam o terço nas igrejas, que ensinam e divulgam através da catequese a doutrina, são elas que vemos a pagar promessas de joelhos nos santuários pelo mundo fora, assim como quase todas as práticas relacionadas com o “cuidar”, cuidar dos pobres, das crianças, dos doentes, quer sobretudo pela sua capacidade inata em vivenciar interna e externamente a sua fé. Assim se garante e perpetua no ceio da família e da sociedade em geral o modelo elaborado e imposto pelo poder dos homens na hierarquia religiosa.

Sabendo que é pertença dos homens o domínio filosófico e conceptual da relação da humanidade com a Fé, nas igrejas, nas mesquitas, nos locais de culto que operacionalizam a fundamentação, divulgação e perpetuação das diversas religiões, que têm evangelizado a humanidade, questiono-me sobre a espiritualidade e fé, a que de uma forma geral a humanidade tem tido acesso e em particular que sentido fazem estas religiões, concebidas e evangelizadas por homens, para as mulheres, que se tornaram as guardiãs e servis seguidoras das mesmas?

Na ausência de investigação que analise em separado a relação específica dos diferentes sexos com a espiritualidade, pelo menos que eu tenha tido acesso, sempre se registou uma abordagem generalista onde as mulheres aceitaram implicitamente, que quando se falava de homem, falava-se de mulher.

A sociedade normalizadora pela omissão fez com que a própria mulher integrasse esta situação sem a questionar, pois as consequências de o fazer poderiam ter graves consequências para as mesmas. Podendo mesmo chegar ao ponto de serem acusadas de bruxaria e ou desprezadas pelo meio onde se encontravam inseridas ou mesmo sendo queimadas vivas. Perpetuar este conformismo, foi mais uma forma de sobrevivência do que uma opção!...O servilismo da mulher ao poder religioso foi a única saída que proporcionou a integração social da mulher na comunidade onde se encontrava inserida por nascimento.

O senso comum mostra que apesar de serem os homens a dominar as cúpulas e a organização das várias religiões do planeta terra, são as mulheres que lhe conferem sentido e dimensão, pois são elas que se organizam de forma mais ou menos formal, mais ou menos visível em grupos, de catequese, de limpeza, de ornamentação dos espaços sagrados, entre outras manifestações mais viradas para a encenação, organização de procissões de teatro bíblico, etc. e assim têm sido o garante da perpetuação do quotidiano religioso proclamado pelos homens, lideres religiosos que as guiam quer no “Céu como na Terra”


A caça às bruxas, não foi mais do que a caça às mulheres que eventualmente pudessem colocar em causa ou mesmo beliscar o poder dos homens benditos.
https://draft.blogger.com/blog/post/edit/1849180516377773910/1127011663354262713
Ana Maria Ferreira Martins

segunda-feira, 15 de abril de 2019

Biografia -Ana Ferreira Martins

Ana Ferreira Martins

Apaixonada e nascida por terras algarvias é em Almada e Lisboa que se sente em casa.

Ser mãe foi determinante na forma como sentiu a vida. O olhar interessado pelos fenómenos das pessoas sem abrigo e das questões da igualdade de género são inequivocamente o seu foco de vida.

Assistente Social de formação, exerce funções como Directora Nacional da Ação Social Da AMI, desde 2000. Mestre em Estudos Sobre As Mulheres, inter-relacionou o fenómeno das pessoas sem abrigo com as questões de género surgindo a sua tese de mestrado: As Sem Abrigo De Lisboa, premiada com o prémio Madalena Barbosa da Comissão da Igualdade de Género.

Publica a nível nacional e europeu, artigos relacionados com a pobreza em geral e em particular sobre as pessoas sem abrigo e com as questões da igualdade de género. 

Comentadora em vários meios de comunicação social. Professora Universitária no Instituto Piaget. Formadora acreditada na área comportamental, pobreza, serviço social e género. Supervisora em Serviço Social. 

Autora dos livros:

As Mulheres Sem Abrigo De Lisboa - Mulheres Que Sonham Com Uma Casa - Editado pela Chiado Editora
A Vivência da Pobreza - Editado pela Fundação AMI.

Autora dos blogues:
Feminina a Resgatar e a Integrar - Mis-ce-lâ-nea
Aconselhamento em Serviço Social - Social Counseling in Social Work Services

segunda-feira, 18 de setembro de 2017

A vida das Mulheres - Revolução Industrial

A vida das mulheres tem sido um sofrimento atroz!... Este texto está todo armadilhado, é uma dupla ou tripla armadilha para a mulher, mas só confirma o uso e abuso do feminino!...


"As mulheres, assim como as crianças, foram incorporadas no mercado de trabalho por duas razões. Por um lado era interessante para os industriais substituir o trabalho do homem adulto, por outro, os salários dos homens que continuavam empregados caíram e se tornaram muito baixos, de tal maneira que as mulheres tiveram que complementar a renda familiar, por isso adentraram o espaço da fábrica, porém continuaram responsáveis pelos afazeres domésticos, passando a cumprir dupla jornada de trabalho, recebendo salários inferiores aqueles pagos aos homens e assim se sujeitando a uma intensa exploração.

O trabalho da mulher é um fator desagregador da família, pois se ela passa 12 a 13 horas por dia na fábrica, como então preocupar-se com a casa, marido e educar os filhos. 

Engels (2008) relata o aumento da mortalidade das crianças em consequência do retorno das mães às fábricas no terceiro ou quarto dia após o parto, muitas vezes deixando o recém-nascido sob os cuidados do irmão pouco mais velho, “[...] na hora das refeições, correm até lá para amamentá-lo e comer algo – e não é difícil imaginar em que condições ocorre esse aleitamento!” Isso explica o uso de narcóticos para que as crianças permaneçam tranquilas e as mães possam trabalhar. 

O mesmo autor complementa que “[...] O trabalho da mulher na fábrica necessariamente desagrega a família, desagregação que, nas condições sociais vigentes, elas mesmas baseadas na família, têm as mais nefastas consequências morais para os cônjuges e para as crianças”. (ENGELS, 2008, p. 181-182).

De fato, em muitas situações o trabalho da mulher além de desagregador é um desorganizador da família, pois “[...] é a mulher que mantém a casa, o homem desempregado cuida das crianças e da vida doméstica.” O baixo salário das mulheres, assim como das crianças, fez com que muitos homens fossem condenados ao trabalho doméstico. (ENGELS, 2008, p. 183).

O trabalho das mulheres também foi explorado nas minas de carvão, na árdua atividade de retirar o carvão do fundo das minas e transportar até a superfície.

Ao analisar este processo Marx sentenciou que depois de 1842, as operárias não são mais empregadas no subsolo, mas para carregar carvão, arrastar as cubas até os canais e os vagões ferroviários, selecionar o carvão etc. O emprego delas aumentou muito nos 3 a 4 anos. São na maioria mulheres, filhas e viúvas dos operários das minas, dos 12 até os 50 e 60 anos de idade. (MARX, 1989, p. 570).

Sobre o trabalho nas minas de carvão, o mesmo autor em sua obra O Capital, acrescenta que o capitalista proprietário das minas nomeava “[...] pessoas para supervisioná-la e a política que tem a aprovação dele é a de economizar o máximo possível, e uma empregada jovem recebe 1 xelim e 1 xelim e 6 pence por dia nos casos em que o homem exige 2 xelins e 6 pence.” (MARX, 1989, p. 571)."

Lucia Mamus Bottini1 Roberto Leme Batista
OS DESAFIOS DA ESCOLA PÚBLICA PARANAENSE NA PERSPECTIVA DO PROFESSOR PDE Artigos

quinta-feira, 18 de maio de 2017

A Dualidade Das Santas e Dos Demónios



É no acto da escrita que consigo verdadeiramente o encontro comigo mesma..., é nele que curo as minhas feridas, que me reconcilio e apaziguo comigo própria.

A dualidade entre o bem e o mal faz de nós ora santas, ora demónios!...quem gosta de olhar, sentir, assumir, aceitar os seus demónios? quem gosta quando alguém lhe aponta e situa os seus erros? Erros? à luz de que moral? a dualista entre o bem e o mal? porque não podemos ser? seria impossível sem a moral das igrejas ? O ser humano já se teria auto-destruído? 

Será que poderíamos simplesmente viver de acordo com a nossa essência sem ter que olhá-la como boa ou má, mas simplesmente como fazendo parte integrante da nossa existência humana? Não sei!...

Mas quando deslizo, tal serpente por entre os assuntos relacionados com as questões de género, parece que todo o mundo, ou uma grande parte dele, se vira contra mim!...os homens consciente ou inconscientemente não querem ceder e as mulheres na ilusão da boa mulher, da senhora séria e agora mais na moda, de um ser luz, escamoteia tudo o que não contribui para a construção luminosa que arduamente luta por construir. Um palácio cheio de luz onde os demónios não entram, porque se ela não os olhar nos olhos e não os consciencializar com a mente eles simplesmente não existem e a sua imaculada auréola resplenderá por todo o palácio e o mundo será tão luminosos lá fora como o que ela finge e crê construir paredes para dentro de si e da sua casa...
Museu Arte Antiga Londres

Onde é que eu já vi isto?!...minha deusa faz com que as mulheres compreendam que os demónios existem e que ela o romanceia até à morte!...nascem e morrem sem conseguirem olhar de frente o demónio com que muitas vezes viveram uma vida inteira!...que batia nas filhas e nos filhos, que batia nela!..., que a obrigava a fazer sexo quando precisava!..., que fechava os olhos aos abortos sucessivos que tinha que fazer!...que a obrigava diariamente a servir sem horas nem qualquer tipo de compensação!...que a impedia de aceder às contas bancárias, de sair sem autorização, de a chantagear com a saída de casa!...de a apertar nos lugares de autocarro ao ponto de ela se ter que levantar!...de se encostar no metro de forma a que ela se encolha em tamanho e em humilhação!...que a perseguia com piropos e atitudes menos próprias na praia, no café, no cinema, no jardim, no escritório...

Sim e sempre quem se escondeu com vergonha e sentimento de culpa era e é ainda, a mulher!...vergonha que soubessem que ela ou a filha tinham sido violadas, vergonha por o marido ser alcoólico e bater-lhe!...vergonha simplesmente porque sim!..., porque nascer mulher já é por si uma vergonha!...

Sim, a Eva essa mulher diminuída pela igreja, essa mulher pecadora e culpada de todos os males do mundo!...sim é dessa mulher que guardamos a memória celular da criação!...

Um dia, longínquo com certeza, as coisas retomarão o seu lugar natural e o equilíbrio voltará ao mundo, as guerras acabarão, e viveremos de acordo com a essência de cada ser, seja ele homem ou mulher, sem que nenhum tenha que ser subjugado pelo outro.

Até lá resta às mulheres e homens conscientes lutarem por um mundo mais justo e equilibrado.

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terça-feira, 28 de março de 2017

As Sem Abrigo De Lisboa - Mulheres Que Sonham Com Uma Casa


Depoimento de uma mulher sem casa

Tenho 3 irmãs, todas filhas do mesmo pai, eu sou a do meio...a mais nova saiu...depois voltou...depois voltou a sair...mas nunca aceitou a minha mãe, ou seja o meu pai nunca aceitou dar-me o nome, dizia que eu não era filha dele. Depois a vida começou a andar muito para o torto e a minha mãe arranjou um companheiro, depois separou-se dele. Esse companheiro é que me deu o nome, ele não...os meus pais para todos os efeitos...se não fosse ele, por acaso também já faleceu, mas para todos os efeitos ele é o meu pai!...

O meu pai verdadeiro, não sei, se ele vive...não sei nada porque eu não o conheci...só que a minha mãe depois conheceu aquele senhor que me deu o nome. Faleceu e eu fui criada com outra pessoa. Não conheci outros pais a não ser mesmo o que me criou, que não é aquele que me deu o nome...porque como eu não era...

A minha mãe nunca foi feliz, juntou-se...até pelo menos aos 18,19 anos foi ele que me criou...não conheci outro pai a não ser mesmo o que me criou...que não é aquele que me deu o nome.


Ter pai ou não ter tido é a mesma coisa porque ele...como eu não era filha dele dizia para a minha mãe que não tinha nada que me dar nada porque não era meu pai, então a minha mãe nunca conseguiu ser feliz e esteve 15 anos…, ele já começou a ser muito idoso e começou a ter as birras deles como sempre e já não dava para viver com ele, a minha mãe era mal tratada, ela bebia muito...já por fim nós começamos a ter a nossa vida porque era-mos maiores de idade e ele não nos deixava sair para lado nenhum e a gente queria sair com o namorado e ele não deixava e a minha mãe teve mesmo que o pôr fora de casa. A casa era da minha mãe, casa da câmara era da minha mãe e automaticamente ele não tinha o nome na casa...aí as coisas...eu fiquei com a minha mãe, mas as coisas começaram a complicarem-se, a minha irmã tinha um marido que mandava muito, depois queria mandar na minha mãe e em mim e trabalhei no fórum...que era um centro que se trabalhava por conta do centro de emprego, mas era um emprego. Trabalhava todos os dias, todos os dias trabalhava e ao cabo juntava muitos salários activos, só que a minha mãe começou-me a ir buscar esse dinheiro, eles em vez de me darem esse dinheiro a mm davam à minha mãe...tinha uns 18, perto de 18 anos, comecei a trabalhar muito nova...e então resolvi sair de casa porque a minha mãe queria o dinheiro todo para ele e começou a tratar-me muito mal, batia-me, chamava-me nomes...nunca fui feliz...e depois era assim!...


Eu pretendia fazer a minha vida, pretendia casar, pretendia ter um rapaz do meu lado. eu queria namorar e ele não deixava, ele entendia que eu tinha que andar debaixo das saias dela e eu entendia que não...aí, eu conheci um rapaz...conheci um rapaz e depois foi meu marido (não são casados) e comecei a namorar com ele, na altura ele vivia na rua...é um rapaz que vivia nas arcadas do Martin Moniz...dormia na rua, só que depois a minha mãe começou a falar comigo...conheci-o também na rua...estava na rua...por volta dos 18 anos, comecei a ir à sopa dos pobres e conheci-o lá. Falei com ele e convidei-o para ir à festa que havia e ele aceitou, foi comigo...só que depois começou a falar que na rua, não tinha onde dormir, onde comer...e nessa altura eu já estava prestes a ir para casa da minha mãe e a minha mãe aceitou-me, queria que eu fosse lá para casa...depois, falei com a minha mãe e aceitou que ele fosse também, só que depois aí começaram os problemas…a minha irmã andava a dar em cima do meu marido, aí eu comecei a ver...eu trabalhava, trabalhei sempre, sempre, sempre. Quando o meu marido me conheceu, estava a trabalhar no...e a dormir na rua (1 ano) dormia dentro do aeroporto de Lisboa. Tenho lá testemunhas...tomava duche dentro do aeroporto com água fria...nas casas de banho para ir para o trabalho e depois comecei...quando conheci o meu marido...na casa da minha mãe, eu ia trabalhar e ela (irmã) queria que o meu marido ficasse em casa, aí comecei a topar...aí eu fui, lutei, lutei, sempre a lutar para que o meu marido viesse para o pé de mim em Lisboa. Sai de casa da minha mãe e o meu marido veio comigo e começamos novamente a viver dentro do aeroporto em Lisboa, vivíamos dentro de um carro velho dentro do aeroporto...depois acabou o meu contracto na....aquilo fechou e eu fui trabalhar para um hotel...levantar-me do carro no aeroporto. Comecei a trabalhar nesse hotel, só que esse hotel, as portas eram abertas por um problema de eu não saber ler nem escrever...Com cartão, eu queria abrir as portas e não conseguia...então eles mandaram-me embora...aí, comecei a lutar, sempre a lutar junto com o meu marido sempre, a gente estávamos sempre unidos, sempre naquela força, a lutar a lutar...com as assistentes sociais. 

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quarta-feira, 22 de março de 2017

Mulheres Sem Abrigo

Segundo a tipologia europeia desenvolvida pela FEANTSA (Federação Europeia de Associações Que Trabalham Com Sem Abrigo) a qual tem sofrido ajustamentos ao longo dos anos, a população sem abrigo divide-se em quatro grandes grupos que apresentamos em seguida:

· Quem vive na rua;
· Quem não tem alojamento;
· Quem vive em habitação precária e;
· Quem vive em habitação inadequada.

A investigação sobre as mulheres sem abrigo, adoptou na monitorização do fenómeno a definição de sem abrigo, como se tratando da pessoa que não possui residência fixa, pernoita na rua, carros e prédios abandonados, estações de metro ou de comboio, contentores, ou quem recorre a alternativas habitacionais precárias como albergues nocturnos, quartos ou espaços cedidos por familiares ou que se encontra a viver temporariamente em instituições, centros de recuperação, casas de amigos ou amigas, hospitais ou prisões. Em termos mais precisos, a tónica é assente na falta de uma habitação digna e estável.
Ana Maria Ferreira Martins

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quinta-feira, 2 de março de 2017

Muitas vezes imaginamos como é ser uma pessoa sem abrigo. Para a grande maioria de nós esse dia nunca vai chegar, mas as suas histórias mostram bem que o limiar entre estar e ser sem abrigo é muito ténue. Se alguma vez esteve sem abrigo percebeu esse limiar e certamente recuou perante o olhar triste e conformado dos seres humanos que pela fatalidade de uma vida cheia de profundas percas se veem nessa dramática vivência.
As mulheres que por natureza são mais intensas nos sentires, sofrem duplamente com esta dura realidade. Às mulheres sem abrigo foi-lhes retirada a possibilidade de realizar o sonho para o qual a sociedade as acultura desde crianças, deixaram para trás o sonho de um lar, de uma família reunida num espaço acolhedor, limpo, confortável e seguro, onde se possam encontrar com a saúde, com a felicidade e o amor com que todos os seres humanos sonham e acreditam.

Biografia

Apaixonada e nascida por terras algarvias é em Almada e Lisboa que se sente em casa.Ser mãe foi determinante na forma como sentiu a vida. O olhar interessado pelos fenómenos das pessoas sem abrigo e das questões da igualdade de género  são inequivocamente o seu foco de vida. Assistente Social de formação, exerce funções como Directora Nacional da Ação Social Da AMI, desde 2000. Mestre em Estudos Sobre As Mulheres, inter-relacionou o fenómeno das pessoas sem abrigo com as questões de género surgindo a sua tese de mestrado: As Sem Abrigo De Lisboa, premiada com o prémio Madalena Barbosa da Comissão da Igualdade de Género.Publica a nível nacional e europeu, artigos relacionados com as pessoas sem abrigo e com as questões da igualdade de género. É comentadora em vários meios de comunicação social.Professora Universitária no Instituto Piaget. Formadora acreditada na área comportamental, pobreza, serviço social, investigação e género. Autora do blogue, Mis-ce-lâ-nea, janela que abriu de dentro para fora de si
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segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Violência doméstica é uma violência de género


A violência doméstica é uma violência de género. Em 95% dos casos, a violência é exercida pelos homens contra as suas namoradas, mulheres ou companheiras. No entanto, é possível observar violência exercida por mulheres, nomeadamente entre casais homossexuais.

Os comportamentos violentos e o abuso de poder de uma pessoa sobre outra, no sentido de a controlar, caracterizam a violência doméstica que, por sua vez, assume muitas formas e pode acontecer esporadicamente ou constantemente. Ao longo do tempo, tem tendência a intensificar a frequência da gravidade.

Apesar de cada situação ter a sua especificidade, há sinais de alarme que podem ser identificados. Conhecê-los é um passo importante para prevenir e parar a violência contra as mulheres.

Exemplos de estratégias do agressor:

Minimização de sentimentos e culpabilização
Insultos, humilhações e intimidações
Isolamento da família e amigos
Controlo económico
Ameaças e agressões físicas
Agressões sexuais e violação

Se você é vítima de algumas destas formas de violência ou se conhece quem o seja, então saiba que:

A violência doméstica é um crime punido pela Lei
A violência doméstica é uma violação grave dos Direitos Fundamentais, incluindo o direito à sua integridade física e moral
As crianças têm direito a uma família não violenta
Ninguém merece ser, em privado ou em público, qualquer que seja a razão agredido, ameaçado, humilhado ou de alguma forma sujeito a maus tratos físicos ou emocionais.



Grupos de Ajuda Mútua

Este são espaços especializados de partilha de experiências de vida, de criação de laços de solidariedade e de relações de confiança, que visam, através da informação e da troca de opiniões, restabelecer a auto-estima, fortalecer a capacidade de tomar decisões e de adquirir autonomia.

Objectivo:
Destina-se a apoiar mulheres que, por terem sofrido violência dos maridos, namorados ou companheiros, partilham a mesma situação de vida:

Precisam de compreender o que lhes aconteceu
Necessitam de aconselhamento jurídico
Perderam o emprego
Tiveram de fugir de casa
Sentem que têm muitos problemas para resolver e poucas forças para isso
Precisam de apoio especializado para os filhos
Têm de recorrer a muitos tratamentos médicos e urgências

As mulheres trazem experiências e deste modo:

Sentem que alguém as compreende
Recebem apoio emocional
Partilham informação útil sobre recursos e serviços
Procuram resolver dificuldades práticas através de sugestões concretas
Sentem-se apoiadas nas suas decisões
Põem em prática projectos pessoais

Funcionamento:

À medida que se vão sentindo progressivamente mais informadas, confiantes e seguras para definirem os seus projectos e objectivos pessoais, as mulheres podem utilizar outros serviços especializados, que estão disponíveis na comunidade, através do Acompanhamento e aconselhamento social.

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segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O quotidiano das mulheres é uma desgraça

 É verdade que o quotidiano da generalidade das mulheres é uma desgraça!...dar, dar, dar e mais dar e não se dão a si próprias é como se a sua existência se realizasse através da sua anulação. É como se não existissem!...é uma não existência!...pois não se lhe atribui valor existencial, o seu eu não tem importância para si e portanto os outros e ou outras, não lha conferem!...quando acorda, se o chega a fazer é muitas vezes tarde demais e a rutura com o passado é inevitável, não há como remendar um pano que não existe!...triste mas real!...

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Mulheres Autónomas e Servis

Mulheres Autónomas e Servis


Que sofrimento, que desespero me corre nas veias já cheias de tanta coisa!...Que angustia por ver e saber que pouco ou nada podemos alterar no actual sentir e ser mulher nestes tempos de homem!...

Sim, queremos acreditar, sim algumas foram, são e serão mulheres à procura de si nos destroços do quotidiano da vida!...
O poder dominante que nos rodeia e no qual estamos inseridas é estrondosamente forte e poderoso!... Têm-nos aprisionadas ao sistema.

A fada do lar que serve na perfeição dentro e fora do mesmo, serve o marido, o filho, a filha e serve o patrão e os colegas de trabalho.

Sim, a mulher moderna é a maior servidora de todas as mulheres. Servilmente autónoma, inconscientemente autónoma e servil!...

Mulher sem acesso à espiritualidade pois essa é ridicularizada pela comunidade cientifica masculina, mulher sem mulher porque lhe é negada a sua essência e o seu natural poder...

O poder do seu potencial criador, da sua sabedoria criativa!...

Minha deusa que sofrimento me habita desde que me sinto, que sofrimento e tristeza por minha carne, minha mente sentir, ver e escutar toda esta não existência feminina na terra e esta subjugação do feminino pelo masculino, ambos neste momento dominantemente inconscientes e portanto sem significado essencial!...

Mulheres unam-se, focalizem-se num objectivo claro, que no meu ponto de vista reside neste urgente e premente resgatar do essencial feminino em nós, para que mais tarde estejamos preparadas para transpirar para fora no que nos tornaremos, mulheres conscientes e sábias.

AMFM
https://anamartinsss.blogspot.pt/2016/06/mulheres-autonomas-e-servis.html