
O corpo da mulher é sagrado, ele tem
a potencialidade de gerar seres iguais a si própria e à outra metade da
humanidade. O todo, a união reside nesta fantástica e maravilhosa sacralidade.
O poder de criar, de dar à luz, com todo o poder que isso naturalmente lhe
confere. Os corpos têm sido utilizados de formas várias e com diferentes
objetivos. Lamento que mulheres se deixem manipular pela publicidade e pelo
marketing no que têm de mais vulgar, mas percebo que não é fácil para nós hoje
em dia vislumbrarmos a essência dos nossos corpos. É tão mágico o corpo da
mulher que mete medo a quem não entende e sente a magia da criação, do poder
divino. Vulgarizar um santuário não pode ser um gesto de desenvolvimento
interior, mas na verdade é isso que a publicidade e o marketing têm feito a
esse corpo sagrado de vida. O sexo, penso que é outra dimensão ligada a este
corpo e aí as coisas ainda se vulgarizam mais...Cabe a cada uma de nós perceber
bem quem é, para onde vai e o que quer fazer do seu corpo, quer em termos
estéticos, como de usufruir do prazer que ele lhe possa dar. Dimensões deveras
complexas, sobre as quais penso que não nos temos debruçado em profundidade.
Vejo, reflicto, analiso, mas sobretudo a nível de entendimento sexual que o
corpo proporciona, penso que existe a nível teórico-prático muito caminho a
desbravar. Não é por acaso que sexo é tabu, sobretudo para as mulheres, e que
hoje em dia a banalização do mesmo também não lhes conferiu mais saber.
Maria Maria Ferreira Martins
Maria Maria Ferreira Martins
Sem comentários:
Enviar um comentário