A Grande Ratoeira
Emancipação da mulher? A mulher na busca desesperada pela liberdade, passou a ser uma cópia travestida de um homem.
A mulher quer provar que é capaz de encontrar a sua essência sem deixar de ser a mulher que o homem deseja, a mãe esmerada e a profissional duplamente melhor que qualquer homem.
A grande armadilha a que se chamou emancipação da mulher, reside no fato de a mulher reivindicar o estatuto de igualdade ou mesmo de igualdade de oportunidades que os homens, trata-se de dar um passo para dentro do mundo milenar construído por e para homens e que portanto torna impossível competir em igualdade de circunstâncias. A premissa está errada desde o princípio.
As mulheres depois de séculos de aculturação pelo modelo patriarcal, não lutam por ser elas próprias na sua especificidade de ser mulher, mas sim para serem iguais ou para terem acesso às mesmas oportunidades que os homens.
Depois de afastadas da sua essência feminina elas não querem saber delas próprias, elas sonham sem disso terem consciência em serem homens, em terem as mesmas profissões que eles, em terem os mesmos carros, as mesmas faculdades, se possível não engravidarem como eles, enfim, terem acesso livre aos ideais instituídos pelo poder dominante.
Metaforicamente seriam mulheres com mamas, mas sem útero. Mamas para agradar aos homens e sem útero porque isso impede-as de concorrer mano a mano com eles no que se refere ao emprego e a outras atividades em que a maternidade as afasta dessa igualdade.
Com esta conversa, não estou de forma alguma a fazer a apologia do regresso da mulher ao lar nem à dependência económica do homem, esse é um assunto que fica para outro capítulo.
Não poderia ser de outra forma, pois o produto final de exercício patriarcal construiu mulheres feitas à imagem dos desejos e ideais dos homens. É difícil para as próprias mulheres que se querem vislumbrar por detrás deste véu escuro criado pela cultura patriarcal a mulher, despir-se dos valores, ideias e expectativas que o poder dominantemente dos homens lhe impôs durante séculos e séculos.
As mulheres estão carimbadas, como os cavalos a ferro e fogo com a marca do patriarcado, de forma invisível, mas possivelmente para sempre no futuro da humanidade tal e qual a conhecemos. Querem maior forma de escravidão? A grande questão é a de como a mulher permite isto? que necessidade de controlar tudo o que é a essência do feminino é esta? Que mistério reside por detrás deste véu negro que colocaram na vida das mulheres, impedindo-as de serem elas próprias, com o seu saber, com os seus desejos, com a sua essência?
Fazem crer à mulher que é livre, que é dona de si própria, mas nunca foi tão escrava como nestes tempos. Acumula vários papéis e não indo ao encontro de si mesma e da sua essência, mas sim copiando algo que lhe é estranho ou algo de tal forma já adulterado através da aculturação do modelo que os homens criaram para ela que já é difícil distinguir o que é construção do que é essência.
Mulheres plenas de si próprias, procuram-se!....
Ana Ferreira Martins
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