Eu e As Águas Primordiais
“Foi disto que andei à procura a vida
inteira!...encontrei!..., esta foi a maior riqueza que a vida me deu!...A minha
liberdade de ser quem sou e de sempre procurar fazer o que está alinhado com a
minha missão.
Os
outros e as outras já não ocupam tanto espaço dentro de mim. Alguns, algumas,
sim, mas não sob a forma de aprovação exterior. Sinto-me bem comigo própria e a
leitura exterior a mim não me incomoda, porque já não espero aprovação do mundo.
Eu ocupo-me e vivo essencialmente envolta nas minhas entranhas.”
Para que melhor se compreenda este livro e porque sinto que a nossa origem, o nosso nascimento faz parte da semente que se coloca na terra para germinar, florescer, dar fruto e morrer para tornar a nascer, vou dar a conhecer às minhas leitoras e meus leitores um pouco da minha semente.
Agora que me
sinto uma mulher madura, dou por mim a procurar o entendimento para as
vivências da minha vida, para as quais até hoje não lhes tinha dedicado o
cuidadoso, sereno e amoroso olhar da alma.
Uma das
vivências sobre a qual me vi debruçada, foi a do fato de ter nascido num berço
muito especial, feito à mão pelo meu pai e decorado de rendas e malhinhas tecidas de desejo e amor pela minha mãe. Esse berço concebido com as delicadas
linhas da magia, ainda hoje vagueia perdido e envolto nas forças telúricas que
a natureza universal lhe confere.
Trecho do livro "Mulher Plena Num Mundo de Homens"
Autora, Ana Ferreira Martins