Trata-se de um blog que dominantemente debruça-se sobre as questões de género e da necessidade de preservar o feminino das sociedades e das relações humanas
quarta-feira, 27 de abril de 2016
As Mulheres de Volta à Humanidade
É verdade, que as questões práticas do comportamento das mulheres se alteraram para melhor na forma, mas também é uma realidade de que a matriz do pensamento machista, se mantêm!...É a cultura dos homens, que nos oprimiu e oprime. É preciso resgatar dentro de nós mulheres o que é nosso e libertarmo-nos do modelo, do quadrado onde nos colocaram à nascença, com as suas leis, regras, modelos...é disso que temos de nos ver livres...estou farta e cansada dos amendoins!...Eu quero-me e às mulheres de volta à humanidade!...estou cansada do patriarcado e do que ele fez e continua a fazer à essência das mulheres. Destruiu, matou, anulou o feminino na mulher e transformou-a num macho que já nem saias usa...transformou-a à sua imagem e agora temos isto!...mulheres satisfeitas com migalhas, quando elas só têm que encontrar o seu modelo e não o que lhe foi imposto à nascença.
quinta-feira, 21 de abril de 2016
A Terra representa simbolicamente a mulher

Na gestão dos princípios,feminino e do masculino está o equilíbrio da humanidade.
Cruger Park, Moçambiqueterça-feira, 12 de abril de 2016
AS SEM ABRIGO DE LISBOA
AS SEM ABRIGO DE LISBOA:
Ana Maria Ferreira Martins AS SEM ABRIGO DE LISBOA Estudo realizado na AMI em Lisboa (centros sociais de Olaias e Chelas) Dissertação para a obtenção de grau de Mestre em Estudos Sobre as Mulheres Orientadora:
INTRODUÇÃO GERAL O trabalho de investigação As sem abrigo de Lisboa, realizado na AMI em Lisboa, é fruto de uma curiosidade e de uma necessidade de saber, diagnosticada por vários investigadores e técnicos da área social. Este estudo vem na sequência da experiência profissional da autora que dirige o departamento Acção Social da Fundação Assistência Médica Internacional, desde o seu início, há cerca de 12 anos. Quaisquer dos passos realizados foram observados e acompanhados não somente no tempo em que decorre o estudo empírico, como antes e depois do mesmo. Todos os momentos que suportam esta dissertação, foram acompanhados e coordenados directamente pela autora deste trabalho. Trata-se de uma investigação em estudos sobre as mulheres. O lar, a casa, um tecto, são palavras que ecoam no universo sociocultural e psicológico da mulher. Tradicionalmente o espaço privado pertence às mulheres e o público aos homens, como bem ilustra o ditado popular: O homem na praça, a mulher na casa. As mulheres cuidam dos outros dentro de casa. Quando este espaço falta, por muito desadequado que ele seja, é determinante na vida de uma mulher. É destas mulheres que o estudo vai falar, das que perderam ou nunca tiveram um lar. O problema das mulheres sem abrigo não tem sido suficientemente estudado em Portugal e necessita de maior visibilidade (Costa, 2000). Algumas das causas de ser sem abrigo são comuns a ambos os sexos, embora apareçam causas especificas relacionadas com o sexo feminino. (Baptista, et al., 1999). O objectivo teórico-conceptual desta dissertação consiste numa abordagem que relaciona o género nos sem abrigo com o objectivo geral e pretende compreender as causas e efeitos sociais que conduzem à 1
Ana Maria Ferreira Martins AS SEM ABRIGO DE LISBOA Estudo realizado na AMI em Lisboa (centros sociais de Olaias e Chelas) Dissertação para a obtenção de grau de Mestre em Estudos Sobre as Mulheres Orientadora:
INTRODUÇÃO GERAL O trabalho de investigação As sem abrigo de Lisboa, realizado na AMI em Lisboa, é fruto de uma curiosidade e de uma necessidade de saber, diagnosticada por vários investigadores e técnicos da área social. Este estudo vem na sequência da experiência profissional da autora que dirige o departamento Acção Social da Fundação Assistência Médica Internacional, desde o seu início, há cerca de 12 anos. Quaisquer dos passos realizados foram observados e acompanhados não somente no tempo em que decorre o estudo empírico, como antes e depois do mesmo. Todos os momentos que suportam esta dissertação, foram acompanhados e coordenados directamente pela autora deste trabalho. Trata-se de uma investigação em estudos sobre as mulheres. O lar, a casa, um tecto, são palavras que ecoam no universo sociocultural e psicológico da mulher. Tradicionalmente o espaço privado pertence às mulheres e o público aos homens, como bem ilustra o ditado popular: O homem na praça, a mulher na casa. As mulheres cuidam dos outros dentro de casa. Quando este espaço falta, por muito desadequado que ele seja, é determinante na vida de uma mulher. É destas mulheres que o estudo vai falar, das que perderam ou nunca tiveram um lar. O problema das mulheres sem abrigo não tem sido suficientemente estudado em Portugal e necessita de maior visibilidade (Costa, 2000). Algumas das causas de ser sem abrigo são comuns a ambos os sexos, embora apareçam causas especificas relacionadas com o sexo feminino. (Baptista, et al., 1999). O objectivo teórico-conceptual desta dissertação consiste numa abordagem que relaciona o género nos sem abrigo com o objectivo geral e pretende compreender as causas e efeitos sociais que conduzem à 1
sexta-feira, 1 de abril de 2016
Mãe Trabalhadora e separada
Ser mãe trabalhadora e separada
Aliada à necessidade de independência económica que é o garante da independência da mulher em relação ao homem em geral e ao pai, ao marido em particular, a mulher mãe aquando de uma separação matrimonial, vê-se nos nossos dias completamente armadilhada pelo poder patriarcal, nas suas velhas e novas formas de manifestação, na maior parte dos casos sem disso ter consciência.
Os dados estatísticos (para quem gosta de estatísticas) conferem que os salários das mulheres, mesmo em funções iguais é inferior aos dos seus pares homens.
Se por um lado a ascensão na carreira para cargos de administração ou de presidência no privado e no público, são praticamente inacessíveis, por outro lado o tempo para cuidar e estar com os filhos e ou filhas é praticamente inexistente.
Assim, temos uma tremenda, invisível e omissa ratoeira, para ficar com os filhos e ou as filhas, tem que trabalhar, mas para trabalhar não pode ficar com os filhos e ou as filhas!...
Nas situações que chegam ao conhecimento da ação sociale dos serviços sociais das instituições que intervém ao nível da intervenção social, é frequente a coexistência de dificuldades económicas, violência psicológica e física sobre a mãe que se quer separar do pai da criança.
A mãe é frequentemente, ou pelo menos mais do que o desejável, e isto é comprovado por assistentes sociais, juízes e juízas, separada dos filhos e ou das filhas por insuficiência económica, por falta de tempo, ou por alegados problemas de saúde mental, devido a depressões ou outras consequências de vidas em comum pouco saudáveis.
O quotidiano vivenciado pelas mães que se vêm a braços com uma separação do pai dos filhos e ou das filhas, explicado pelo facto de a mulher funcionar dominantemente com o lado emocional e intuitivo do cérebro, lado direito em detrimento do esquerdo, lógico, racional, faz com que a intensidade psicológica com que vive uma separação seja muito superior à do homem, tornando-se tremendamente dura a gestão do quotidiano do trabalho, dos filhos e ou das filhas e da agressividade latente, que na maior parte dos casos existe dentro das quatro paredes a que comumente se chama lar.
Sim, é fácil numa sociedade dominada pelos valores da lógica, da razão, do comprovado cientificamente, em detrimento das emoções, das sensações, das intuições e atrevo-me a falar de amor em sentido lato, declarar perante um tribunal que o pai corresponde de forma mais alinhada ao que a sociedade patriarcal estipulou como as condições necessárias ao crescimento saudável de um ser humano.
O drama que a mãe vive na separação é ainda mais acentuado quando o filho ou filha é ainda bebé, onde os laços entre a mãe e o filho e ou filha são indubitavelmente mais fortes e imprescindíveis.
Assim, vezes demais a lei é aplicada de acordo com a proclamada igualdade entre homens e mulheres e corta a direito, prevalecendo nas decisões dos tribunais, variáveis alinhadas com o poder económico e um comportamento assertivo com os valores dominantes, o racional, o lógico e o prático, deixando de lado as dimensões afectivas e emocionais necessárias a qualquer ser humano saudável.
Que ser humano, homem ou mulher preferiria o bem estar económico ao amor de sua mãe? A resposta é muito fácil quando dada com o coração, o problema é que ninguém nos ensinou a falar com o coração e por isso muitas das decisões não são alinhadas internamente com a nossa essência feminina.
Para homens e mulheres equilibrados, ricos ou pobres e que se amam a si próprios e portanto amam os seus filhos e filhas, estas situações limite não se colocam com estes contornos e portanto, o que aqui é analisado não os tem por referência.
Que ser humano, homem ou mulher preferiria o bem estar económico ao amor de sua mãe? A resposta é muito fácil quando dada com o coração, o problema é que ninguém nos ensinou a expressar com palavras o sentir do coração e por isso muitas das decisões não são alinhadas internamente com a nossa essência feminina.
Para homens e mulheres psicologicamente equilibrados, ricos ou pobres e que se amam a si próprios e portanto amam os seus filhos e ou filhas, estas situações limite não se colocam com estes contornos e portanto, o que aqui é analisado não os tem por referência.
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Ana Ferreira Martins
Ana Ferreira Martins
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