A mulher casada é essencialmente e sobretudo uma mulher e é assim que deve permanecer no casamento, a mulher que é!...
Partilhar a vida com alguém, exige um esforço acrescido de salvaguarda da essência do nosso ser feminino. Só mantendo esse núcleo forte e seguro é que o nosso coração pode irradiar a luz da vida que manterá a relação verdadeira.
Uma relação verdadeira não é aquela que aparece sorridente no Face, mas sim aquela que quando a vida apresenta numa bandeja de ouro o sofrimento que lhe é inerente nas doses e tempos que ela e só ela entende, que a mulher e o homem estejam conscientes e preparados para viver esse sofrimento, dar-lhe o tempo necessário para o entender, resolver e saudá-lo na despedida.
Sim, o conselho que posso dar a uma mulher que decida partilhar a sua vida com outrem é de que saiba que o sofrimento e a alegria são uma e mesma coisa, que o amor e a dor são faces de uma mesma moeda e que um sentimento sem o outro não existe!...
A verdade do casamento traduz-se na união da energia feminina e masculina na sua essência, naquilo que tem de verdadeiro.
Gosto da vida, por isso acolho-a com tudo o que ela me tem para dar, amor, dor, sofrimento, alegria, dia e noite, frio e calor, é no casamento, na unificação, destas ambivalências que temos a relação consciente e responsável.
Ana Ferreira Martins