quarta-feira, 6 de setembro de 2017

VIII Volume de Poesia Portuguesa Contemporânea "Entre o Sono e o Sonho"



Cara Ana Martins, boa tarde
Espero que se encontre bem.
Agradeço o envio do seu poema para a participação no VIII Volume da Antologia de Poesia Portuguesa Contemporânea “Entre o Sono e o Sonho”.
Após a análise do mesmo, por parte do Antólogo Gonçalo Martins, tenho todo o prazer em informar que o seu poema foi selecionado e que será inserido neste VIII Volume da Antologia.
O lançamento da obra decorrerá no mês de Setembro pelo que brevemente voltaremos ao seu contato para o/a (alterar o que não interessa) informar relativamente à data e local de lançamento.
Será o Evento Poético do Ano em Portugal, onde apresentaremos ao público uma obra que perdurará como um dos mais arrojados objetos de poesia publicados no nosso país.
Teremos todo o gosto em contar com a sua presença!


Chiado Editora - Entre o sono e o sonho


A letargia de uma vida

A vida!...
Essa coisa estranha com que temos que lidar no dia a dia...,
tantos cuidados, tantas ilusões, tantas imagens...,
e tudo não passa de um passa tempo!...
O corpo, o espírito, a alma, a mente,
qual a verdadeira ligação destas dimensões?
Quando entenderemos de forma inata o que julgamos ser complexo e inacessível?

A tecedeira

Com o caminhar da vida, dos anos,
 a teia vai-se complexificando de tal modo,
que se torna difícil à tecedeira circular no seu habitat.
Perante este facto, só há uma solução,
continuar a tecer,
tentando esquecer a teia que fica lá atrás,
e quando algum dos membros se prende no enlaçado da teia,
é preciso mil acrobacias para se libertar…
 Depois, já livre, lá no alto de algumas ruinas,
acorda do sono que semeia os sonhos do seu destino,  
e continua a tecer, a tecer sem aparente consciência. 

Maria Ferreira

segunda-feira, 21 de agosto de 2017




«Há mais de 300 anos, no Terreiro da Luta, cerca de 1 quilómetro acima da igreja de Nossa Senhora do Monte, uma Menina, de tarde, brincou com certa pastorinha, e deu-lhe merenda. Esta, cheia de júbilo, refere o facto à sua família, que lhe não deu crédito, por lhe ser impossível que naquela mata erma e tão arredada da povoação aparecesse uma Menina. Na tarde seguinte reiterou-se o facto e a pastorinha o recontou. No dia imediato, à hora indicada pela pastorinha, o pai desta, ocultamente foi observar a cena, e viu sobre uma pedra uma pequena imagem de Maria Santíssima, e à frente desta «a inocente pastorinha que, a seu pai, inopinadamente aparecido, afirmava ser aquela imagem a Menina de quem lhe falava». O pastor, admirado, não usou tocar a Imagem e participou o facto à autoridade que mandou colocá-la na capela da Incarnação, próxima da actual igreja de N.ª S.ª do Monte» - nome que desde então foi dado àquela veneranda imagem».

terça-feira, 4 de julho de 2017

O Culto da Antiga Deusa

Monsanto.Beira Baixa, Junho 2017. Ana Martins
“ Vi um local de culto da antiga Deusa, uma caverna escondida nos montes, onde iriam as mulheres com o seu desgosto, raiva, culpa e vergonha, os seus pedidos e rezas, instalar-se uma noite inteira, na escuridão da caverna com as suas emoções sombrias. De manhã partiam reconfortadas e em paz, depois de lançar os seus sentimentos, e o sangue de uma ave ou animal sacrifical sobre uma grande rocha escura, que era a Deusa. Essa rocha aguenta, aceita, testemunha. Nada é demasiado insuportável ou demasiado terrível para se deixar nela. A caverna é a sepultura e o útero da Grande Mãe, um local de morte e de renascimento, o caldeirão de regeneração e transformação: cá está outra versão da Deusa e do Graal.” Travessia para Avalon, Jean Shinoda Bolen, pág.161

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