domingo, 15 de janeiro de 2017

AS MINHAS ROSAS
A minha ventura, sim! - quer dar ventura-,
Toda a ventura só quer dar ventura!
Quereis colher as minhas rosas?

Tereis de curvar-vos e esconder-vos
Entre rochas e espinheiros,
E chupar muitas vezes os dedinhos!

Porque  a minha ventura-gosta de arreliar!
Porque a minha ventura-gosta de artimanhas!
Quereis colher as minhas rosas?

Nietzsche, Poemas, Pág.129
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Pensamentos Sobre Palavras

Pensamentos Sobre Palavras

Tanta inspiração estrangulada,
por um filtro de emoções e de sentimentos,
tanto por dizer, sem saber como dizê-lo…
é como se quisesse escrever tudo ao mesmo tempo,
incapaz de fazê-lo, desisto sem nada dizer,
e com tanto para dizer…

Porquê escrever duas folhas se podemos escrever seis?
não será melhor não escrever essas duas,
senão nos sentimos com capacidade de escrever as seis?
talvez os nossos sentimentos devessem ser como a tinta desta caneta,
qualquer um diria que é azul.

Talvez estas linhas que escrevo
para uns sejam vermelhas,
para outros amarelas,
mas para mim terão sempre a cor que eu lhes quero dar.

Porquê que as palavras não suportam os pensamentos?
porquê que os pensamentos muitas vezes não se deixam exprimir por palavras?
não há dúvida que não foram feitos um a pensar no outro.
cada um existe por si mesmo,
a palavra não tem como fim descrever o pensamento,
tem muito mais facilidade em descrever o real que nos circunda, o objectivo, o palpável.

A linguagem do pensamento é muito frágil e muitas vezes
sofre com a acção destruidora das palavras.

 30-3-1982
AMFM

terça-feira, 10 de janeiro de 2017

Mulheres Sem Abrigo



Quatro quintos das mulheres reportam problemas relacionais como causa para a sua situação de sem abrigo. As rupturas de relações, violência doméstica, separações e viuvez podem levar as mulheres a ficarem sem lar.  (Enderes-Dragasser, 2000, cit. in Edgar, 2001),


“Está a viver na rua há aproximadamente dois meses. Antes
vivia numa casa com um companheiro, mas a relação acabou
e ela saiu de casa” (Margarida 60, solteira, 48 anos).

“Tem 25 anos, é solteira e está grávida de 6 meses. Vive com
o namorado em casa de uns amigos, que a vão ajudar até o
bebe nascer. Antes de viver com o actual companheiro, re-
sidia com a avó que a criou, mas foi expulsa de casa por
estar grávida. Os pais já faleceram. Tem um irmão, mas não
sabe nada dele. O namorado está desempregado devido ao
término de contrato sem remuneração” (Mónica 7, solteira)nos).

segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Violência doméstica é uma violência de género


A violência doméstica é uma violência de género. Em 95% dos casos, a violência é exercida pelos homens contra as suas namoradas, mulheres ou companheiras. No entanto, é possível observar violência exercida por mulheres, nomeadamente entre casais homossexuais.

Os comportamentos violentos e o abuso de poder de uma pessoa sobre outra, no sentido de a controlar, caracterizam a violência doméstica que, por sua vez, assume muitas formas e pode acontecer esporadicamente ou constantemente. Ao longo do tempo, tem tendência a intensificar a frequência da gravidade.

Apesar de cada situação ter a sua especificidade, há sinais de alarme que podem ser identificados. Conhecê-los é um passo importante para prevenir e parar a violência contra as mulheres.

Exemplos de estratégias do agressor:

Minimização de sentimentos e culpabilização
Insultos, humilhações e intimidações
Isolamento da família e amigos
Controlo económico
Ameaças e agressões físicas
Agressões sexuais e violação

Se você é vítima de algumas destas formas de violência ou se conhece quem o seja, então saiba que:

A violência doméstica é um crime punido pela Lei
A violência doméstica é uma violação grave dos Direitos Fundamentais, incluindo o direito à sua integridade física e moral
As crianças têm direito a uma família não violenta
Ninguém merece ser, em privado ou em público, qualquer que seja a razão agredido, ameaçado, humilhado ou de alguma forma sujeito a maus tratos físicos ou emocionais.



Grupos de Ajuda Mútua

Este são espaços especializados de partilha de experiências de vida, de criação de laços de solidariedade e de relações de confiança, que visam, através da informação e da troca de opiniões, restabelecer a auto-estima, fortalecer a capacidade de tomar decisões e de adquirir autonomia.

Objectivo:
Destina-se a apoiar mulheres que, por terem sofrido violência dos maridos, namorados ou companheiros, partilham a mesma situação de vida:

Precisam de compreender o que lhes aconteceu
Necessitam de aconselhamento jurídico
Perderam o emprego
Tiveram de fugir de casa
Sentem que têm muitos problemas para resolver e poucas forças para isso
Precisam de apoio especializado para os filhos
Têm de recorrer a muitos tratamentos médicos e urgências

As mulheres trazem experiências e deste modo:

Sentem que alguém as compreende
Recebem apoio emocional
Partilham informação útil sobre recursos e serviços
Procuram resolver dificuldades práticas através de sugestões concretas
Sentem-se apoiadas nas suas decisões
Põem em prática projectos pessoais

Funcionamento:

À medida que se vão sentindo progressivamente mais informadas, confiantes e seguras para definirem os seus projectos e objectivos pessoais, as mulheres podem utilizar outros serviços especializados, que estão disponíveis na comunidade, através do Acompanhamento e aconselhamento social.

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