Muitas vezes imaginamos como é ser uma pessoa sem abrigo.
Para a grande maioria de nós esse dia nunca vai chegar, mas as suas histórias
mostram bem que o limiar entre estar e ser sem abrigo é muito ténue. Se alguma
vez esteve sem abrigo percebeu esse limiar e certamente recuou perante o olhar
triste e conformado dos seres humanos que pela fatalidade de uma vida cheia de
profundas percas se veem nessa dramática vivência.
As mulheres que por natureza são mais intensas nos sentires,
sofrem duplamente com esta dura realidade. Às mulheres sem abrigo foi-lhes
retirada a possibilidade de realizar o sonho para o qual a sociedade as
acultura desde crianças, deixaram para trás o sonho de um lar, de uma família
reunida num espaço acolhedor, limpo, confortável e seguro, onde se possam
encontrar com a saúde, com a felicidade e o amor com que todos os seres humanos
sonham e acreditam.
Biografia
Apaixonada e nascida por terras
algarvias é em Almada e Lisboa que se sente em casa.Ser mãe foi determinante na
forma como sentiu a vida. O olhar interessado pelos fenómenos das pessoas sem
abrigo e das questões da igualdade de género
são inequivocamente o seu foco de vida. Assistente Social de formação,
exerce funções como Directora Nacional da Ação Social Da AMI, desde 2000.
Mestre em Estudos Sobre As Mulheres, inter-relacionou o fenómeno das pessoas
sem abrigo com as questões de género surgindo a sua tese de mestrado: As Sem
Abrigo De Lisboa, premiada com o prémio Madalena Barbosa da Comissão da
Igualdade de Género.Publica a nível nacional e europeu, artigos relacionados
com as pessoas sem abrigo e com as questões da igualdade de género. É
comentadora em vários meios de comunicação social.Professora Universitária no
Instituto Piaget. Formadora acreditada na área comportamental, pobreza, serviço
social, investigação e género. Autora do blogue, Mis-ce-lâ-nea, janela que
abriu de dentro para fora de si
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