segunda-feira, 26 de dezembro de 2016

Violência doméstica é uma violência de género


A violência doméstica é uma violência de género. Em 95% dos casos, a violência é exercida pelos homens contra as suas namoradas, mulheres ou companheiras. No entanto, é possível observar violência exercida por mulheres, nomeadamente entre casais homossexuais.

Os comportamentos violentos e o abuso de poder de uma pessoa sobre outra, no sentido de a controlar, caracterizam a violência doméstica que, por sua vez, assume muitas formas e pode acontecer esporadicamente ou constantemente. Ao longo do tempo, tem tendência a intensificar a frequência da gravidade.

Apesar de cada situação ter a sua especificidade, há sinais de alarme que podem ser identificados. Conhecê-los é um passo importante para prevenir e parar a violência contra as mulheres.

Exemplos de estratégias do agressor:

Minimização de sentimentos e culpabilização
Insultos, humilhações e intimidações
Isolamento da família e amigos
Controlo económico
Ameaças e agressões físicas
Agressões sexuais e violação

Se você é vítima de algumas destas formas de violência ou se conhece quem o seja, então saiba que:

A violência doméstica é um crime punido pela Lei
A violência doméstica é uma violação grave dos Direitos Fundamentais, incluindo o direito à sua integridade física e moral
As crianças têm direito a uma família não violenta
Ninguém merece ser, em privado ou em público, qualquer que seja a razão agredido, ameaçado, humilhado ou de alguma forma sujeito a maus tratos físicos ou emocionais.



Grupos de Ajuda Mútua

Este são espaços especializados de partilha de experiências de vida, de criação de laços de solidariedade e de relações de confiança, que visam, através da informação e da troca de opiniões, restabelecer a auto-estima, fortalecer a capacidade de tomar decisões e de adquirir autonomia.

Objectivo:
Destina-se a apoiar mulheres que, por terem sofrido violência dos maridos, namorados ou companheiros, partilham a mesma situação de vida:

Precisam de compreender o que lhes aconteceu
Necessitam de aconselhamento jurídico
Perderam o emprego
Tiveram de fugir de casa
Sentem que têm muitos problemas para resolver e poucas forças para isso
Precisam de apoio especializado para os filhos
Têm de recorrer a muitos tratamentos médicos e urgências

As mulheres trazem experiências e deste modo:

Sentem que alguém as compreende
Recebem apoio emocional
Partilham informação útil sobre recursos e serviços
Procuram resolver dificuldades práticas através de sugestões concretas
Sentem-se apoiadas nas suas decisões
Põem em prática projectos pessoais

Funcionamento:

À medida que se vão sentindo progressivamente mais informadas, confiantes e seguras para definirem os seus projectos e objectivos pessoais, as mulheres podem utilizar outros serviços especializados, que estão disponíveis na comunidade, através do Acompanhamento e aconselhamento social.

https://plus.google.com/109688844056116994029/posts/fN4HydZpVL7







segunda-feira, 19 de dezembro de 2016

O quotidiano das mulheres é uma desgraça

 É verdade que o quotidiano da generalidade das mulheres é uma desgraça!...dar, dar, dar e mais dar e não se dão a si próprias é como se a sua existência se realizasse através da sua anulação. É como se não existissem!...é uma não existência!...pois não se lhe atribui valor existencial, o seu eu não tem importância para si e portanto os outros e ou outras, não lha conferem!...quando acorda, se o chega a fazer é muitas vezes tarde demais e a rutura com o passado é inevitável, não há como remendar um pano que não existe!...triste mas real!...


“Para uma árvore continuar a crescer e florescer, é preciso que haja células diferenciadas que promovam a transiçao…trata-se de células fortes que se reunem para proteção em torno do lugar em cada galho onde a madeira mais velha e resistente está em contacto coma parte vulnerável que cresce, o lugar onde o broto tenro se encontra logo abaixo da pele nova e, com o devido cuidado, há-de vicejar.”
Clarissa Pinkola Estés. A Ciranda Das Mulheres Sábias

segunda-feira, 14 de novembro de 2016

Prolegómeno Para Um Estudo da Deusa Mãe Frígia



Os esforços para compreender o culto da Deusa Mãe Cíbele não são novos. Uma deidade com uma vida tão longa, com uma vasta difusão e com um carácter tão abrangente já atraiu, não surpreendentemente, uma grande atenção. Contudo, apesar de raramente articulados de forma aberta, os modernos valores culturais, que enquadram muitas anteriores discussões eruditas sobre esta deusa e o seu culto, influenciaram consideravelmente a interpretação do material antigo. É este o caso, até certo ponto, com qualquer análise da Antiguidade mediterrânica, mas parece ser particularmente evidente no caso da Deusa Mãe Anatoliana. A impressionante imagem criada por Eurípides, Catulo,e Virgílio da Mãe poderosa, frequentemente na companhia de machos assexuados, evocou reacções energicamente exprimidas que vão do horror à chamada natureza repulsiva da deusa, até à celebração sem sentido crítico da sua proeminência supostamente ancestral. para além disso, a percepção moderna da natureza das divindades maternais influenciou grandemente a imagem da Deusa mãe no antigo mundo mediterrânico, visto que tais percepções são quase sempre baseadas na imagem judaico-cristã da mãe amorosa e protectora, subserviente ao marido e intimamente ligada aos filhos. Deste modo, muitas análise da Deusa Mãe apoiam-se nas modernas projecções daquilo que a deusa-mãe deveria ser não nos vestígios antigos que definem aquilo que era.

Tais atitude preconcebidas são especialmente visíveis em duas grandes áreas. A primeira é o sexo, especificamente o efeito do sexo feminino da deusa na avaliação do respectivo culto. A segunda pode ser denominada como consciência racial, nomeadamente, as origens asiáticas do culto da deusa e a tensão preconcebida entre as duas bases orientais e o estatuto  do seu culto na Grécia e em Roma, um ponto que se confronta com questões de classes sociais também. As modernas atitudes culturais em relação a assuntos relativos a sexos e raças ficaram frequentemente tão enredadas na literatura erudita que impedem os esforços para avaliar as principais provas da existência da antiga deidade e colocá-la no contexto específico da antiga sociedade mediterrânica. Desta forma, parece útil - na verdade -, imperativo - analisar prévias abordagens a este tópico e examinar minuciosamente as asserções subjacentes que lhes deram forma.
Em Busca Da Deusa-Mãe, Lynn E. Roller.pág.27 e 28
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quarta-feira, 21 de setembro de 2016

Escrever Com o Coração




Gostava de saber escrever com o coração, com as emoções, com a alma, com o espírito. Quando leio algumas coisas aqui e ali, sinto que há pessoas, que estão alinhadas com uma linguagem que vem de dentro, de um sitio que eu não consigo manifestar…, mas quando leio certos textos facilmente identifico partes que me são intrínsecas mas que não me são permitidas exprimir, talvez porque não as sinta, estejam-me vedadas por anos e anos de exercício obrigatório de me expressar numa linguagem cientifica lógico-racional e assim fui perdendo a candura da minha escrita de adolescente consciente do que me esperava no mundo dos homens e mulheres fechados e fechadas em escritórios, gabinetes, empresas e serviços vários. 

Sim, muito cedo eu tive consciência de que a sociedade era um lamaçal onde as pessoas faziam glu, glu, glu, para conseguir respirar um pouco de ar puro, e que eu por essa altura já teria uma pézinho lá dentro e nem dava por isso!...
Medo e consciência de adolescente que adivinhava a mulher em que acabei por me tornar, uma serva do senhor, numa sociedade comandada por seres racionais e lógicos, onde tudo o resto é ridicularizado e desvalorizado como sendo de menos importância, como a minha capacidade ainda adormecida de me sentir, de me emocionar, de me respeitar acima de um modelo lógico-racional que me foi imposto pelo modelo de trabalho pré-existente. 
Mas eu comecei este texto com a intenção de falar da minha pouca apetência para traduzir em palavras a intensidade do meu sentir, da dor que se esconde e do sorriso que se divulga pelas redes sociais. A sociedade do sucesso onde metade do nosso ser não tem espaço para existir!...A dor, a raiva, o sofrimento, a doença, a gorda ou o gordo, a desdentada ou desdentado, o ou a pobre!...enfim, há uma linha intransponível entre o cintilante e o negrume da vida!... 



Quem não conhece aquele tipo de pessoa mais ligada ao lado negativo da vida, entra e sai queixando-se e hoje pergunto se essas pessoas não se estarão a respeitar no seu sentir, pois limitam-se a ser, com ou sem consciência!…, não há esforço, não há trabalho em negar essa sua natural tendência para o queixume!...agarradas ao negro negam a dimensão amorosa da vida, não se transmutam!... 
O mesmo é válido para quem permanentemente se esforça, será que há alguém que não se esforce por parecer sempre feliz? Será que essa natural tendência que vemos para queixume é assim tão igualmente natural, para a permanente boa disposição? 
Para finalizar este zigaziante e livre texto, deixo-vos aqui esta questão, que me parece pertinente mas que não foi intencional…, as palavras conduziram-me aqui… 
O que eu queria mesmo era conseguir romper com a mente e escrever-vos com o sentir do meu coração… 

AMFM
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terça-feira, 30 de agosto de 2016

Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica














Portugal foi, o primeiro país da União Europeia a ratificar, em 5 de fevereiro de 2013, a convenção do Conselho da Europa para a Prevenção e o Combate à Violência contra as Mulheres e a Violência Doméstica (Convenção de Istambul).

Esta Convenção assenta no reconhecimento de que «a violência contra as mulheres é uma manifestação das relações de poder historicamente desiguais entre mulheres e homens que levou à dominação e discriminação das mulheres pelos homens, privando assim as mulheres do seu pleno progresso». Afirma ainda que «a natureza estrutural da violência contra as mulheres é baseada no género, e que a violência contra as mulheres é um dos mecanismos sociais cruciais através dos quais as mulheres são mantidas numa posição de subordinação em relação aos homens».

A Convenção alerta para o facto de «mulheres e raparigas» estarem «muitas vezes expostas a formas graves de violência, tais como a violência doméstica, o assédio sexual, a violação, o casamento forçado, os chamados “crimes de honra” e a mutilação genital, que constituem uma violação grave dos direitos humanos das mulheres e raparigas e um obstáculo grande à realização da igualdade entre as mulheres e os homens». Denuncia também «as violações constantes dos direitos humanos durante os conflitos armados que afetam a população civil, especialmente as mulheres, sob a forma de violações e violência sexual generalizadas ou sistemáticas, e o potencial para o aumento da violência baseada no género, tanto durante como após os conflitos».

sábado, 20 de agosto de 2016

O AMOR É UNIVERSAL

O Amor que nos venderam é uma pura ilusão!...

É um amor à nossa medida, assertivo com os nossos desejos...e o amor tem que ser livre e não tem que vir de alguém em particular!...


Se estivermos de coração aberto ele está lá, no sorriso de um desconhecido ou de uma desconhecida, na sincronicidade afectiva de quem se vê pela primeira vez!...
O amor não tem dono nem dona!...
Quem o deseja à sua medida nunca o terá!...

O amor é contemplativo, vem de dentro de nós, projecta-se na outra ou outro, encontra terreno fértil ou não e segue seu caminho, não se detém em modelos religiosos ou políticos. é Livre e Verdadeiro!...

sábado, 2 de julho de 2016

Mulher Casada

A mulher casada é essencialmente e sobretudo uma mulher e é assim que deve permanecer no casamento, a mulher que é!...

Partilhar a vida com alguém, exige um esforço acrescido de salvaguarda da essência do nosso ser feminino. Só mantendo esse núcleo forte e seguro é que o nosso coração pode irradiar a luz da vida que manterá a relação verdadeira. 

Uma relação verdadeira não é aquela que aparece sorridente no Face, mas sim aquela que quando a vida apresenta numa bandeja de ouro o sofrimento que lhe é inerente nas doses e tempos que ela e só ela entende, que a mulher e o homem estejam conscientes e preparados para viver esse sofrimento, dar-lhe o tempo necessário para o entender, resolver e saudá-lo na despedida. 

Sim, o conselho que posso dar a uma mulher que decida partilhar a sua vida com outrem é de que saiba que o sofrimento e a alegria são uma e mesma coisa, que o amor e a dor são faces de uma mesma moeda e que um sentimento sem o outro não existe!...

A verdade do casamento traduz-se na união da energia feminina e masculina na sua essência, naquilo que tem de verdadeiro.

Gosto da vida, por isso acolho-a com tudo o que ela me tem para dar, amor, dor, sofrimento, alegria, dia e noite, frio e calor, é no casamento, na unificação, destas ambivalências que temos a relação consciente e responsável.

Ana Ferreira Martins






quinta-feira, 30 de junho de 2016

Situações de emergência Social


Ao 1m 27s, Ana Martins, refere:

 "Nunca vi as pessoas estão fragilizadas e com muitas carências básicas. Casas sem água, sem luz, sem comida. Óbvio que são características de uma situação de emergência social."

Não sejas Maricas!...

Dividiram o racional e o lógico para um lado e o emocional e o intuitivo para outro, um mais identificado com o modelo masculino e outro com o feminino, tudo certinho senão tivessem desvalorizado, ridicularizado, amesquinhado e desprezado tudo o que é inerente ao feminino...Ex: os homens não choram, não sejas mariquinhas, não sejas histérica, estás a exagerar, não sejas radical!...enfim, não sintas!...não intuas...sê racional, objectiva, fria e sobretudo sê prática e não chateis com as tuas complicações!...
AM

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Mulheres Autónomas e Servis

Mulheres Autónomas e Servis


Que sofrimento, que desespero me corre nas veias já cheias de tanta coisa!...Que angustia por ver e saber que pouco ou nada podemos alterar no actual sentir e ser mulher nestes tempos de homem!...

Sim, queremos acreditar, sim algumas foram, são e serão mulheres à procura de si nos destroços do quotidiano da vida!...
O poder dominante que nos rodeia e no qual estamos inseridas é estrondosamente forte e poderoso!... Têm-nos aprisionadas ao sistema.

A fada do lar que serve na perfeição dentro e fora do mesmo, serve o marido, o filho, a filha e serve o patrão e os colegas de trabalho.

Sim, a mulher moderna é a maior servidora de todas as mulheres. Servilmente autónoma, inconscientemente autónoma e servil!...

Mulher sem acesso à espiritualidade pois essa é ridicularizada pela comunidade cientifica masculina, mulher sem mulher porque lhe é negada a sua essência e o seu natural poder...

O poder do seu potencial criador, da sua sabedoria criativa!...

Minha deusa que sofrimento me habita desde que me sinto, que sofrimento e tristeza por minha carne, minha mente sentir, ver e escutar toda esta não existência feminina na terra e esta subjugação do feminino pelo masculino, ambos neste momento dominantemente inconscientes e portanto sem significado essencial!...

Mulheres unam-se, focalizem-se num objectivo claro, que no meu ponto de vista reside neste urgente e premente resgatar do essencial feminino em nós, para que mais tarde estejamos preparadas para transpirar para fora no que nos tornaremos, mulheres conscientes e sábias.

AMFM
https://anamartinsss.blogspot.pt/2016/06/mulheres-autonomas-e-servis.html


quarta-feira, 1 de junho de 2016

O Passado Individual e Familiar

Escreve Anne Ancelin Scútzenberger no seu livro, Prazer de Viver; 
 “Quer o saibamos ou não, estamos marcados pelo nosso passado individual e familiar e pelas nossas escolhas profissionais, sendo as nossas opções teóricas provenientes daí, quer façamos como os nossos antepassados quer de maneira oposta- fazer o contrário ou opormo-nos é estarmos de igual modo marcados e dependentes, e não livres como podemos sentir-nos depois de uma terapia ou de uma sessão de análise bem sucedida ou de um acontecimento feliz da nossa vida.
Como diz tão bem René Char: “ Não cantamos bem senão nos ramos da árvore genealógica.”
Gostaria de concluir este longo capítulo com uma citação extraída do discurso de investidura de Nelson Mandela em 1994: “ O nosso maior temor não é sermos inadequados e estúpidos. O nosso maior temor é sermos poderosos além do possível. O que nos faz muito medo é a nossa luz e a nossa sombra. Perguntamos: Quem sou eu para poder brilhante, maravilhosos, belo, talentoso”. Mas, de facto, porque não haver Somos filhos de Deus. fazermo-nos pequenos não ajuda o mundo. Não existe nada de bom no facto de nos reduzir-mos para que os outros não se sintam diminuídos perante nós. Nascemos para manifestarmos a glória de Deus que está em nós. Isso não foi concedido apenas a alguns e, na medida em que deixamos a nossa luz brilhar, damos, inconscientemente, aos outros autorização para fazerem o mesmo. E como estamos libertos das nossas cadeias e dos nossos medos, a nossa presença torna os outros livres.”

Anne Ancelin Scútzenberger; Prazer de Viver, Pág. 124

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Porque As Pessoas Sem Abrigo Existem

Todos os seres humanos tem direitos e deveres. Encarar o fenómeno dos sem abrigo como "coitados dos pobrezinhos" não ajuda ninguém a sair do ciclo reprodutivo da pobreza, "Filho(a) de sem abrigo será sem abrigo". A visão paternalista, de cima para baixo de lidar com as questões da pobreza não resolve a eliminação da mesma. A igualdade de oportunidades para todo(a)s exige o exercício pleno de uma democracia participativa. Quem detém alguma responsabilidade sobre estas questões da pobreza deverá encará-la como uma questão humanista e não  de carácter paternalista. Todos os seres humanos independentemente da sua condição sócio-económica têm direito à felicidade, ao amor, à ternura, ao bem estar de um lar. Não se trata de os abrigos darem comida e uma cama, trata-se de se criarem estruturas que possam conferir ao ser humano que se encontra na situação de sem abrigo o acesso à felicidade, ao amor e ao exercício pleno da cidadania de acordo com as suas reais capacidades. Não podemos exigir a um ser humano que já nasceu nas piores condições sócio-económicas, sem acesso à saúde, à educação, à cultura, ao desporto, ao trabalho e a um lar o mesmo que exigimos a quem sempre teve isto tudo à nascença. Cada ser humano é único, e todos(as) merecemos que nos tratem com a dignidade que as constituições e os direitos humanos nos conferem.

Antes de serem sem abrigo são pessoas. Parabéns às instituições pelo esforço que ao longo dos anos tem realizado em apoiar estas causas sociais. Às vezes a criatividade e o espírito de sacrifício substitui uma percentagem dos financiamentos. Bem ajam a todo(a)s que dedicam a sua vida profissional e pessoal a dignificar seres humanos.
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terça-feira, 3 de maio de 2016

Sair do Quadrado



É urgente sair do quadrado!...este quadrado de servidão, normas e leis que nos aprisionam. 
Contestar,informar, lutar contra este desgraçado paradigma de uma pseudo-verdade que não passa de uma ficção projectada em nós mulheres. Não é o homem novo de Nietzsche, mas sim a mulher nova da humanidade.
Esta mulher nova está longe da sua verdade, para lá chegar não sei que caminho deve tomar porque o arame farpado e a escuridão não me permite aceder a esse mundo essencial, real e portanto quem sabe, verdadeiro.
AM

http://anamartinsss.blogspot.pt/2016/05/sair-do-quadrado.html

quarta-feira, 27 de abril de 2016

As Mulheres de Volta à Humanidade

É verdade, que as questões práticas do comportamento das mulheres se alteraram para melhor na forma, mas também é uma realidade de que a matriz do pensamento machista, se mantêm!...É a cultura dos homens, que nos oprimiu e oprime. É preciso resgatar dentro de nós mulheres o que é nosso e libertarmo-nos do modelo, do quadrado onde nos colocaram à nascença, com as suas leis, regras, modelos...é disso que temos de nos ver livres...estou farta e cansada dos amendoins!...Eu quero-me e às mulheres de volta à humanidade!...estou cansada do patriarcado e do que ele fez e continua a fazer à essência das mulheres. Destruiu, matou, anulou o feminino na mulher e transformou-a num macho que já nem saias usa...transformou-a à sua imagem e agora temos isto!...mulheres satisfeitas com migalhas, quando elas só têm que encontrar o seu modelo e não o que lhe foi imposto à nascença.
Movem-se sem alguma consciência da aculturação a que estão sujeitas, há uma eternidade!...enquanto estas mulheres não ganharem consciência desta situação, o mundo continuará a girar nos mesmo moldes que nos últimos milénios. A lei do mais forte, o mais racional, o mais lógico e dimensões ligadas ao sentir, às emoções, às intuições, ao sentir simplesmente são relegadas para lado nenhum, desvalorizadas, mortas!...É este o paradigma que na minha opinião se tem que alterar, sobe pena de deixarmos destruir o planeta e a própria humanidade no seu todo. É no resgate do feminino e do masculino essencial que reside a harmonia e não no domínio de um principio pelo outro. É neste monstruoso e óbvio desequilíbrio que reside, todas as fontes de conflito universal!.
..

quinta-feira, 21 de abril de 2016

A Terra representa simbolicamente a mulher

Numa plantação, qualquer que ela seja, o ser humano coloca a semente na terra mas não controla, nem tem o saber inato de como a fazer crescer, dar corpo ao que lá coloca. A terra que aqui representa simbolicamente a mulher, a mãe, encarrega-se do processo de criação e reprodução da semente e as tentativas de controlar este processo não têm sido muito bem sucedidas, construindo as mesmas um sério perigo para o equilíbrio das sociedades humanas. Ou seja, a capacidade inata e natural de criação é impossível poder ser transferida para fora das mãos do saber inato inerente à criação.
Na gestão dos princípios,feminino e do masculino está o equilíbrio da humanidade.
Cruger Park, Moçambique

terça-feira, 12 de abril de 2016

AS SEM ABRIGO DE LISBOA

AS SEM ABRIGO DE LISBOA:

Ana Maria Ferreira Martins AS SEM ABRIGO DE LISBOA Estudo realizado na AMI em Lisboa (centros sociais de Olaias e Chelas) Dissertação para a obtenção de grau de Mestre em Estudos Sobre as Mulheres Orientadora:

INTRODUÇÃO GERAL O trabalho de investigação As sem abrigo de Lisboa, realizado na AMI em Lisboa, é fruto de uma curiosidade e de uma necessidade de saber, diagnosticada por vários investigadores e técnicos da área social. Este estudo vem na sequência da experiência profissional da autora que dirige o departamento Acção Social da Fundação Assistência Médica Internacional, desde o seu início, há cerca de 12 anos. Quaisquer dos passos realizados foram observados e acompanhados não somente no tempo em que decorre o estudo empírico, como antes e depois do mesmo. Todos os momentos que suportam esta dissertação, foram acompanhados e coordenados directamente pela autora deste trabalho. Trata-se de uma investigação em estudos sobre as mulheres. O lar, a casa, um tecto, são palavras que ecoam no universo sociocultural e psicológico da mulher. Tradicionalmente o espaço privado pertence às mulheres e o público aos homens, como bem ilustra o ditado popular: O homem na praça, a mulher na casa. As mulheres cuidam dos outros dentro de casa. Quando este espaço falta, por muito desadequado que ele seja, é determinante na vida de uma mulher. É destas mulheres que o estudo vai falar, das que perderam ou nunca tiveram um lar. O problema das mulheres sem abrigo não tem sido suficientemente estudado em Portugal e necessita de maior visibilidade (Costa, 2000). Algumas das causas de ser sem abrigo são comuns a ambos os sexos, embora apareçam causas especificas relacionadas com o sexo feminino. (Baptista, et al., 1999). O objectivo teórico-conceptual desta dissertação consiste numa abordagem que relaciona o género nos sem abrigo com o objectivo geral e pretende compreender as causas e efeitos sociais que conduzem à 1

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Mãe Trabalhadora e separada





Ser mãe trabalhadora e separada

Aliada à necessidade de independência económica que é o garante da independência da mulher em relação ao homem em geral e ao pai, ao marido em particular, a mulher mãe aquando de uma separação matrimonial, vê-se nos nossos dias completamente armadilhada pelo poder patriarcal, nas suas velhas e novas formas de manifestação, na maior parte dos casos sem disso ter consciência. 

Os dados estatísticos (para quem gosta de estatísticas) conferem que os salários das mulheres, mesmo em funções iguais é inferior aos dos seus pares homens. 

Se por um lado a ascensão na carreira para cargos de administração ou de presidência no privado e no público, são praticamente inacessíveis, por outro lado o tempo para cuidar e estar com os filhos e ou filhas é praticamente inexistente. 

Assim, temos uma tremenda, invisível e omissa ratoeira, para ficar com os filhos e ou as filhas, tem que trabalhar, mas para trabalhar não pode ficar com os filhos e ou as filhas!...

Nas situações que chegam ao conhecimento da ação sociale dos serviços sociais das instituições que intervém ao nível da intervenção social, é frequente a coexistência de dificuldades económicas, violência psicológica e física sobre a mãe que se quer separar do pai da criança.

A mãe é frequentemente, ou pelo menos mais do que o desejável, e isto é comprovado por assistentes sociais, juízes e juízas, separada dos filhos e ou das filhas por insuficiência económica, por falta de tempo, ou por alegados problemas de saúde mental, devido a depressões ou outras consequências de vidas em comum pouco saudáveis.

O quotidiano vivenciado pelas mães que se vêm a braços com uma separação do pai dos filhos e ou das filhas, explicado pelo facto de a mulher funcionar dominantemente com o lado emocional e intuitivo do cérebro, lado direito em detrimento do esquerdo, lógico, racional, faz com que a intensidade psicológica com que vive uma separação seja muito superior à do homem, tornando-se tremendamente dura a gestão do quotidiano do trabalho, dos filhos e ou das filhas e da agressividade latente, que na maior parte dos casos existe dentro das quatro paredes a que comumente se chama lar. 

Sim, é fácil numa sociedade dominada pelos valores da lógica, da razão, do comprovado cientificamente, em detrimento das emoções, das sensações, das intuições e atrevo-me a falar de amor em sentido lato, declarar perante um tribunal que o pai corresponde de forma mais alinhada ao que a sociedade patriarcal estipulou como as condições necessárias ao crescimento saudável de um ser humano.

O drama que a mãe vive na separação é ainda mais acentuado quando o filho ou filha é ainda bebé, onde os laços entre a mãe e o filho e ou filha são indubitavelmente mais fortes e imprescindíveis.

Assim, vezes demais a lei é aplicada de acordo com a proclamada igualdade entre homens e mulheres e corta a direito, prevalecendo nas decisões dos tribunais, variáveis alinhadas com o poder económico e um comportamento assertivo com os valores dominantes, o racional, o lógico e o prático, deixando de lado as dimensões afectivas e emocionais necessárias a qualquer ser humano saudável.

Que ser humano, homem ou mulher preferiria o bem estar económico ao amor de sua mãe? A resposta é muito fácil quando dada com o coração, o problema é que ninguém nos ensinou a falar com o coração e por isso muitas das decisões não são alinhadas internamente com a nossa essência feminina.

Para homens e mulheres equilibrados, ricos ou pobres e que se amam a si próprios e portanto amam os seus filhos e filhas, estas situações limite não se colocam com estes contornos e portanto, o que aqui é analisado não os tem por referência.

Que ser humano, homem ou mulher preferiria o bem estar económico ao amor de sua mãe? A resposta é muito fácil quando dada com o coração, o problema é que ninguém nos ensinou a expressar com palavras o sentir do coração e por isso muitas das decisões não são alinhadas internamente com a nossa essência feminina.

Para homens e mulheres psicologicamente equilibrados, ricos ou pobres e que se amam a si próprios e portanto amam os seus filhos e ou filhas, estas situações limite não se colocam com estes contornos e portanto, o que aqui é analisado não os tem por referência. 
https://plus.google.com/100559155052713722132/posts/7uacA4j1bwT

Ana Ferreira Martins

terça-feira, 29 de março de 2016

Morgana e o Poder da Deusa


"Nessa altura, Morgana sente o poder da Deusa invadindo-lhe o corpo e a alma, inundando-a. Ela segura a taça e fala com a Deusa: Sou todas as coisas - Virgem e Mãe e Aquela que dá a vida e a morte. Ignorai-me e poreis a vida em risco, vós que invocais outros Nomes... sabei que eu sou a única -. E, então, a taça, a âmbula e a lança, as Sagradas Insígnias da Deusa, desaparecem, por magia, levadas para Avalon de forma a não serem jamais profanadas por sacerdotes e homens que a negam e os cavaleiros espalham-se pelos quatro ventos em busca do Graal"
Jean Shinoda Bolen - Travessia para Avalon

sábado, 9 de janeiro de 2016