Todos os seres humanos tem direitos e deveres. Encarar o fenómeno dos sem abrigo como "coitados dos pobrezinhos" não ajuda ninguém a sair do ciclo reprodutivo da pobreza, "Filho(a) de sem abrigo será sem abrigo". A visão paternalista, de cima para baixo de lidar com as questões da pobreza não resolve a eliminação da mesma. A igualdade de oportunidades para todo(a)s exige o exercício pleno de uma democracia participativa. Quem detém alguma responsabilidade sobre estas questões da pobreza deverá encará-la como uma questão humanista e não de carácter paternalista. Todos os seres humanos independentemente da sua condição sócio-económica têm direito à felicidade, ao amor, à ternura, ao bem estar de um lar. Não se trata de os abrigos darem comida e uma cama, trata-se de se criarem estruturas que possam conferir ao ser humano que se encontra na situação de sem abrigo o acesso à felicidade, ao amor e ao exercício pleno da cidadania de acordo com as suas reais capacidades. Não podemos exigir a um ser humano que já nasceu nas piores condições sócio-económicas, sem acesso à saúde, à educação, à cultura, ao desporto, ao trabalho e a um lar o mesmo que exigimos a quem sempre teve isto tudo à nascença. Cada ser humano é único, e todos(as) merecemos que nos tratem com a dignidade que as constituições e os direitos humanos nos conferem.
Antes de serem sem abrigo são pessoas. Parabéns às instituições pelo esforço que ao longo dos anos tem realizado em apoiar estas causas sociais. Às vezes a criatividade e o espírito de sacrifício substitui uma percentagem dos financiamentos. Bem ajam a todo(a)s que dedicam a sua vida profissional e pessoal a dignificar seres humanos.
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