Outro, ou o Dia Internacional Mulher?


Outro, ou o Dia Internacional Da Mulher?

Amanhã é mais um dia Internacional da Mulher e eu queria tanto escrever algo diferente que ilustrasse o meu sentir sobre as mulheres de todos os tempos, as ancestrais, as contemporâneas…apesar das aparentes mudanças não me parece que na essência a subalternidade da mulher nas sociedades actuais tenha mudado grande coisa!...
As mulheres quando exercem cargos políticos seja de que quadrante político seja, são rapidamente sujeitas a perseguições sexistas de todos o tipo!...Muitas vezes como mostram casos recentes da vida política servem como bode expiatório de males que alastram há séculos pela humanidade, mas é na pessoa do feminino que esse mal toma repercussões nunca antes vistas!...
Facilmente e sem sentido aparece a sua imagem e carreira política associada à imagem de prostituição, como se fosse um fardo a carregar por qualquer mulher que se atreva a enfrentar de alguma forma a dominância social e financeira dos homens.
Em manifestas situações de violência de género e de crime, frequentemente o criminoso é olhado pela opinião pública como um pobre homem com problemas do foro psicológico, enquanto a mulher é mesmo, sem culpa formada julgada em praça pública como no tempo da inquisição, ou como Maria Madalena que segundo reza a Bíblia, foi apedrejada e salva por Jesus!...
Que tempos são estes em que mulheres e homens se encontram num palco social comum, mas com tremendas discrepâncias de oportunidades de serem?
Que força é esta que as mulheres querem ter, de modo a ocupar um lugar que sempre pertenceu ao poder masculino desde as civilizações mais antigas, e porque não procuram o seu próprio lugar de acordo com a sua identidade e essência?
Que preço estão as mulheres dispostas a pagar para fazerem parte de um modelo social pré-existente que as desvaloriza, maltrata e na melhor das hipóteses as trata de forma paternalista enquanto estão ao serviço dos interesses dominantes ou seja dos interesses do patriarcado?


Enquanto as mulheres não encontrarem o seu próprio caminho, e isso requer, não somente um olhar para o exterior, como também e sobretudo para dentro de si próprias, tentando perceber até que ponto a contaminação do modelo dominante masculino as aculturou, fazendo-as perder a sua identidade feminina, tornando-as nas mulheres que os homens construíram, para que de uma maneira mais ou menos mascarada as mesmas os continuem a servir!... 
E para acabar preciso de reforçar que estamos a falar de Direitos Humanos e do 3º Objectivo do Milénio.
A.M.F.M

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