quarta-feira, 12 de junho de 2019

A VIDA

A vida!...essa estranha coisa com que temos que lidar no dia a dia!... tantos cuidados, tantas ilusões, tantas imagens!..., e tudo não passa de um passa tempo!...
O corpo, o espírito, a alma, a mente..., qual a verdadeira ligação entre estas dimensões?
Quando entenderemos de forma simples e inata o que julgamos ser complexo e inacessível?

terça-feira, 11 de junho de 2019

A fusão integrativa das mulheres num mundo pré-concebido por homens

MORRIGAN E CU CHULAINN
Ela apareceu ao herói Cu Chulainn (filho do deus Lugh) e ofereceu a ele seu amor. Quando ele não a reconheceu e ainda a rejeitou, ela disse a ele que o faria perder uma batalha. Quando ele foi morto, ela pousou em seu ombro em forma de corvo. O azar de Cu Chulainn foi nunca ter reconhecido o poder feminino da soberania oferecido a ele.



A era das novas tecnologias, através das redes sociais, veio criar um espaço específico, o qual foi massivamente apropriado pelas mulheres. Elas já não precisam de sair de casa, para formarem grupos de discussão e de interesses, já não precisam de sair de casa para interagirem. Elas manifestam de forma clara o que pensam sobre a forma como a sociedade as trata.


Alguns, poucos, homens têm-se identificado e aliado de uma forma consciente com a luta das mulheres pelos seus direitos, numa sociedade fortemente masculinizada e tremendamente injusta a que as mulheres têm de forma violenta e inconsciente sido sujeitas, e têm, através da alteração de comportamentos e actualização das leis que regem as sociedades, facilitado o acesso das mulheres a algumas dimensões da vida humana que foram inexplicavelmente vedadas às mulheres!.. como por exemplo, viajarem sozinhas sem terem que ter a autorização do marido, pai ou irmão, consoante a situação da mulher, poderem receber os seus salários sem intermediários, não permitir que legalmente os maridos lhes batam, poderem casar com homens com um salário mais baixo que o delas, poderem frequentar a faculdade e até votar, e muitas outras práticas que subjugavam a mulher ao homem!.... 

Os murmúrios da pretensa libertação da mulher do poder que o homem exerce sobre ela, é real, mas sempre balizado e enquadrado sob determinados limites!... A sociedade de forma demagógica e poderei mesmo dizer, hipócrita, aceita e até fomenta movimentos pró-libertação, pró-igualdade das mulheres, contudo não é através de leis ou documentos, por muito bem escritos, impressos e intencionados que sejam por parte de quem os discutiu e concebeu que os comportamentos e as matrizes ideológicas, mentais se alteram. Há toda uma revolução por fazer, talvez a maior desde que a humanidade se tornou escrava da enaltecida masculinidade em detrimento da desvalorizada e esmagada feminilidade. A revolução ao nível da essência dos seres humanos, da verdade humana.

A luta das mulheres por se tornarem à sua maneira, participantes activas na sociedade onde nasceram, é uma verdade irrefutável que as alterações às leis, no sentido da pertença igualdade de género só tem existido devido à pressão de alguns homens sobre o poder dominante do patriarcado, pois as mulheres eram inexistentes neste circulo de poderosas marcantes e influentes individualidades, que sempre povoaram as páginas da história mundial nos últimos 2.500 anos.

As generalizações são perigosas, mas ainda mais perigoso é fazer tábua rasa das minorias ou das maiorias deliberada ou obrigatoriamente silenciadas como é o caso da situação das mulheres no decorrer duma civilização de carácter falocrático e patriarcal.
Ana Ferreira Martins
11-6-2019
Um excerto do livro "Mulher Plena Num Mundo de Homens-Mulheres que sonham"

segunda-feira, 22 de abril de 2019

A Vivência Da Pobreza

A Vivência Da Pobreza - Irei estar dia 24 de Abril, pelas 18h em Alcoutim a apresentar o livro, A Vivência Da Pobreza. Investigação realizada a nível nacional no âmbito da intervenção social dos Centros Porta Amiga da AMI. Quem estiver por perto apareça!...

O conteúdo desta obra reúne de uma forma holística uma visão psicossocial no nosso entender absolutamente necessária na análise do fenómeno social da vivência da pobreza.


Foi tentando perceber o universo associativo da vivência da pobreza e ao mesmo tempo analisá-lo numa lógica de classes sociais intimamente ligada aos rendimentos auferidos que apreendemos a forma de tornar visível uma realidade que há muito sentíamos por expressar.A análise género tornou-se uma evidência imprescindível para melhor entender a realidade em estudo, pois nela reside uma clara diferenciação de comportamentos.

O retrato dominante da pessoa que vivência a situação de pobreza dá-nos em última análise o rosto mais visível da pobreza.E com este retrato da pessoa em situação de pobreza concluímos este estudo sobre a vivência da pobreza, na esperança que o mesmo seja uma excelente sementeira nesta imensidão de abordagens possíveis no infeliz e fértil campo de cultivo que tem sido a Pobreza.
Palavras chave: AMI, pobreza, género, classes sociais, universo associativo, vivência pobreza

Pode encomendar a investigação em:https://ami.org.pt/loja/livros/vivencia-da-pobreza/


segunda-feira, 15 de abril de 2019

Biografia -Ana Ferreira Martins

Ana Ferreira Martins

Apaixonada e nascida por terras algarvias é em Almada e Lisboa que se sente em casa.

Ser mãe foi determinante na forma como sentiu a vida. O olhar interessado pelos fenómenos das pessoas sem abrigo e das questões da igualdade de género são inequivocamente o seu foco de vida.

Assistente Social de formação, exerce funções como Directora Nacional da Ação Social Da AMI, desde 2000. Mestre em Estudos Sobre As Mulheres, inter-relacionou o fenómeno das pessoas sem abrigo com as questões de género surgindo a sua tese de mestrado: As Sem Abrigo De Lisboa, premiada com o prémio Madalena Barbosa da Comissão da Igualdade de Género.

Publica a nível nacional e europeu, artigos relacionados com a pobreza em geral e em particular sobre as pessoas sem abrigo e com as questões da igualdade de género. 

Comentadora em vários meios de comunicação social. Professora Universitária no Instituto Piaget. Formadora acreditada na área comportamental, pobreza, serviço social e género. Supervisora em Serviço Social. 

Autora dos livros:

As Mulheres Sem Abrigo De Lisboa - Mulheres Que Sonham Com Uma Casa - Editado pela Chiado Editora
A Vivência da Pobreza - Editado pela Fundação AMI.

Autora dos blogues:
Feminina a Resgatar e a Integrar - Mis-ce-lâ-nea
Aconselhamento em Serviço Social - Social Counseling in Social Work Services