segunda-feira, 30 de junho de 2014

Revistas femininas nos anos 50/60


Revistas femininas nos anos 50/60
Texto retirado da zine libertária Herege Social,


"Apesar de hoje as revistas femininas (nem todas..) serem menos machistas e falarem mais sobre a mulher independente e obviamente mais abertas sobre o sexo e a sexualidade, são ainda bastantes padronizadas sobre a "beleza feminina" sendo o braço direito das industrias de cosmética e apesar de agora ser de maneira mais indirecta continuam a dar realce à "mulher-imagem" que deve estar "bela" e bem "arranjada" para o "seu homem" e muitas destas revistas são mesmo ainda bastante machistas julgando a mãe solteira, o aborto, e a mulher que seja ... demasiado independentes, e continuam a colocar a mulher na cozinha em frente à telenovela."


· Não se deve irritar o homem com ciúmes e dúvidas
(Jornal das Moças, 1957)


· Se desconfiar da infidelidade do marido, a esposa deve redobrar seu carinho e provas de afecto.(Revista Cláudia, 1962)


· A desarrumação numa casa-de-banho desperta no marido a vontade de ir tomar banho fora de casa.(Jornal das Moças, 1965)


· A mulher deve fazer o marido descansar nas horas vagas. Nada de incomodá-lo com serviços domésticos.(Jornal das Moças, 1959)
· Se o seu marido fuma, não arranje zanga pelo simples facto de cair cinzas nos tapetes. Tenha cinzeiros espalhados por toda casa.(Jornal das Moças, 1957)


· A mulher deve estar ciente que dificilmente um homem pode perdoar a uma mulher que não tenha resistido a experiências pré-núpciais, mostrando que era perfeita e única, exactamente como ele a idealizara.(Revista Cláudia, 1962)


· Mesmo que um homem consiga divertir-se com sua namorada ou noiva, na verdade ele não irá gostar de ver que ela cedeu. (Revista Querida, 1954)


· O noivado longo é um perigo.(Revista Querida, 1953)


· É fundamental manter sempre a aparência impecável diante do marido.(Jornal das Moças, 1957)


· E para finalizar, a mais de todas:* O LUGAR DA MULHER É NO LAR. O TRABALHO FORA DE CASA MASCULINIZA.(Revista Querida, 1955)

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