Os Murmúrios Da Libertação Da Mulher
Os murmúrios da pertença libertação da mulher do poder que o homem exerce sobre ela, é real, mas sempre balizado e enquadrado sob determinados limites!... A sociedade de forma demagógica e poderei mesmo dizer, hipócrita, aceita e até fomenta movimentos pró-libertação, pró-igualdade das mulheres, contudo não é através de leis ou documentos, por muito bem escritos, impressos e intencionados que sejam por parte de quem os discutiu e concebeu que os comportamentos e as matrizes ideológicas, mentais se alteram. Há toda uma revolução por fazer, talvez a maior desde que a humanidade se tornou escrava da enaltecida masculinidade em detrimento da desvalorizada e esmagada feminilidade. A revolução ao nível da essência dos seres humanos, da verdade humana.
A luta das mulheres por se tornarem à sua maneira, participantes activas na sociedade onde nasceram, é uma verdade irrefutável que as alterações às leis, no sentido da pertença igualdade de género só tem existido devido à pressão de alguns homens sobre o poder dominante do patriarcado, pois as mulheres eram inexistentes neste circulo de poderosas marcantes e influentes individualidades, que sempre povoaram as páginas da história mundial nos últimos 2.500 anos.
As generalizações são perigosas, mas ainda mais perigoso é fazer tábua rasa das minorias ou das maiorias deliberada ou obrigatoriamente silenciadas como é o caso da situação das mulheres no decorrer duma civilização da carácter falocrático e patriarcal.
O porquê desta situação, é um assunto que me tem corroído a existência desde que tendo nascido mulher percebi que por algum incompreensível motivo não tinha os mesmos direitos adquiridos que os homens para decidir o que entendo como melhor para mim enquanto pessoa e mulher.
Identificar de forma consciente e gerir estas variáveis, foi e ainda é, uma tarefa árdua que exige um grande dispêndio de energias!... Energias essas que vão reduzir a nossa natural força de ser e de nos manifestarmos tal e qual somos, sem um modelo que permanentemente nos reconduz e alinha com um lugar de back stage e de invisibilidade.
Os homens e também muitas mulheres aculturadas pelo modelo masculino, afirmam e aparentemente acreditam, que já não faz sentido falar de homens e mulheres, de linguagem inclusiva, de direitos, libertação das mulheres, pois está escrito e é verbalizado que os direitos são iguais e defendidos de forma universal pela constituição da república portuguesa, assim como de muitos outros países do mundo.

Há mulheres que ficam ofendidas e incomodadas quando se fala de forma clara nas evidentes diferenças comportamentais, existentes entre homens e mulheres, na família, no trabalho, nas reuniões sociais e viram as costas a quem as confronta com esta realidade, na tentativa vã de evitar o conflito aberto com os homens com quem diariamente se relacionam a quem geralmente consciente ou inconsciente tentam agradar. A verdade gera sempre conflito, quando colide com as nossas expectativas, com os nossos ideais que a mesma não legitima, antes pelo contrário, confronta-nos com as diferenças entre o ideal que nos querem fazer crer que é real e o quotidiano das acções e dos factos.
O maior conflito das mulheres é interno. Criadas
por um modelo que tem por base servir e agradar ao homem, em casa, no trabalho,
na realidade este modelo inconsciente, rege as cabeças das mulheres onde quer
que elas se encontrem, criando um desalinhamento interno entre o que realmente
são e o que a sociedade comandada pelo homens espera e exige que elas sejam!...
Apesar deste enquadramento teórico/prático, fui esforçando-me por me mover de uma forma alinhada de acordo com os meus interesses internos. Ser mulher plena num mundo de homens. Nunca abdiquei das minhas ideias, fui aprofundando através do estudo e de amizades o saber e o sentir sobre o ser mulher e feminina.
Com esta maior facilidade em inter-agir com um mundo real, que apesar de estar na génese da sua concepção, lhes é estranho e hostil, as mulheres destes tempos romperam com as barreiras intelectuais e físicas impostas pelo modelo vigente.
O risco, da aculturação do modelo masculino pelas mulheres, aspecto já anteriormente referido, é uma realidade com que temos que viver!... pois só com uma grande vontade e propósito em desenvolver uma consciência ontológica do verdadeiro significado de ser mulher no feminino, é que a mulher actual poderá evoluir na direcção da sua feminilidade, da sua essência e da sua verdade.
Isto implica romper tanto quanto lhe seja possível com as tremendas correntes que a agrilhoam à doutrina patriarcal o que inevitavelmente compreenderá um grande esforço e sofrimento psicológico e intelectual com as inerentes consequências na sua saúde física.
O risco, da aculturação do modelo masculino pelas mulheres, aspecto já anteriormente referido, é uma realidade com que temos que viver!... pois só com uma grande vontade e propósito em desenvolver uma consciência ontológica do verdadeiro significado de ser mulher no feminino, é que a mulher actual poderá evoluir na direcção da sua feminilidade, da sua essência e da sua verdade.
Isto implica romper tanto quanto lhe seja possível com as tremendas correntes que a agrilhoam à doutrina patriarcal o que inevitavelmente compreenderá um grande esforço e sofrimento psicológico e intelectual com as inerentes consequências na sua saúde física.
AMFM
In "Mulher Plena Num Mundo De Homens"
5-1-2019
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