quinta-feira, 30 de junho de 2016

Não sejas Maricas!...

Dividiram o racional e o lógico para um lado e o emocional e o intuitivo para outro, um mais identificado com o modelo masculino e outro com o feminino, tudo certinho senão tivessem desvalorizado, ridicularizado, amesquinhado e desprezado tudo o que é inerente ao feminino...Ex: os homens não choram, não sejas mariquinhas, não sejas histérica, estás a exagerar, não sejas radical!...enfim, não sintas!...não intuas...sê racional, objectiva, fria e sobretudo sê prática e não chateis com as tuas complicações!...
AM

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Mulheres Autónomas e Servis

Mulheres Autónomas e Servis


Que sofrimento, que desespero me corre nas veias já cheias de tanta coisa!...Que angustia por ver e saber que pouco ou nada podemos alterar no actual sentir e ser mulher nestes tempos de homem!...

Sim, queremos acreditar, sim algumas foram, são e serão mulheres à procura de si nos destroços do quotidiano da vida!...
O poder dominante que nos rodeia e no qual estamos inseridas é estrondosamente forte e poderoso!... Têm-nos aprisionadas ao sistema.

A fada do lar que serve na perfeição dentro e fora do mesmo, serve o marido, o filho, a filha e serve o patrão e os colegas de trabalho.

Sim, a mulher moderna é a maior servidora de todas as mulheres. Servilmente autónoma, inconscientemente autónoma e servil!...

Mulher sem acesso à espiritualidade pois essa é ridicularizada pela comunidade cientifica masculina, mulher sem mulher porque lhe é negada a sua essência e o seu natural poder...

O poder do seu potencial criador, da sua sabedoria criativa!...

Minha deusa que sofrimento me habita desde que me sinto, que sofrimento e tristeza por minha carne, minha mente sentir, ver e escutar toda esta não existência feminina na terra e esta subjugação do feminino pelo masculino, ambos neste momento dominantemente inconscientes e portanto sem significado essencial!...

Mulheres unam-se, focalizem-se num objectivo claro, que no meu ponto de vista reside neste urgente e premente resgatar do essencial feminino em nós, para que mais tarde estejamos preparadas para transpirar para fora no que nos tornaremos, mulheres conscientes e sábias.

AMFM
https://anamartinsss.blogspot.pt/2016/06/mulheres-autonomas-e-servis.html


quarta-feira, 1 de junho de 2016

O Passado Individual e Familiar

Escreve Anne Ancelin Scútzenberger no seu livro, Prazer de Viver; 
 “Quer o saibamos ou não, estamos marcados pelo nosso passado individual e familiar e pelas nossas escolhas profissionais, sendo as nossas opções teóricas provenientes daí, quer façamos como os nossos antepassados quer de maneira oposta- fazer o contrário ou opormo-nos é estarmos de igual modo marcados e dependentes, e não livres como podemos sentir-nos depois de uma terapia ou de uma sessão de análise bem sucedida ou de um acontecimento feliz da nossa vida.
Como diz tão bem René Char: “ Não cantamos bem senão nos ramos da árvore genealógica.”
Gostaria de concluir este longo capítulo com uma citação extraída do discurso de investidura de Nelson Mandela em 1994: “ O nosso maior temor não é sermos inadequados e estúpidos. O nosso maior temor é sermos poderosos além do possível. O que nos faz muito medo é a nossa luz e a nossa sombra. Perguntamos: Quem sou eu para poder brilhante, maravilhosos, belo, talentoso”. Mas, de facto, porque não haver Somos filhos de Deus. fazermo-nos pequenos não ajuda o mundo. Não existe nada de bom no facto de nos reduzir-mos para que os outros não se sintam diminuídos perante nós. Nascemos para manifestarmos a glória de Deus que está em nós. Isso não foi concedido apenas a alguns e, na medida em que deixamos a nossa luz brilhar, damos, inconscientemente, aos outros autorização para fazerem o mesmo. E como estamos libertos das nossas cadeias e dos nossos medos, a nossa presença torna os outros livres.”

Anne Ancelin Scútzenberger; Prazer de Viver, Pág. 124

segunda-feira, 16 de maio de 2016

Porque As Pessoas Sem Abrigo Existem

Todos os seres humanos tem direitos e deveres. Encarar o fenómeno dos sem abrigo como "coitados dos pobrezinhos" não ajuda ninguém a sair do ciclo reprodutivo da pobreza, "Filho(a) de sem abrigo será sem abrigo". A visão paternalista, de cima para baixo de lidar com as questões da pobreza não resolve a eliminação da mesma. A igualdade de oportunidades para todo(a)s exige o exercício pleno de uma democracia participativa. Quem detém alguma responsabilidade sobre estas questões da pobreza deverá encará-la como uma questão humanista e não  de carácter paternalista. Todos os seres humanos independentemente da sua condição sócio-económica têm direito à felicidade, ao amor, à ternura, ao bem estar de um lar. Não se trata de os abrigos darem comida e uma cama, trata-se de se criarem estruturas que possam conferir ao ser humano que se encontra na situação de sem abrigo o acesso à felicidade, ao amor e ao exercício pleno da cidadania de acordo com as suas reais capacidades. Não podemos exigir a um ser humano que já nasceu nas piores condições sócio-económicas, sem acesso à saúde, à educação, à cultura, ao desporto, ao trabalho e a um lar o mesmo que exigimos a quem sempre teve isto tudo à nascença. Cada ser humano é único, e todos(as) merecemos que nos tratem com a dignidade que as constituições e os direitos humanos nos conferem.

Antes de serem sem abrigo são pessoas. Parabéns às instituições pelo esforço que ao longo dos anos tem realizado em apoiar estas causas sociais. Às vezes a criatividade e o espírito de sacrifício substitui uma percentagem dos financiamentos. Bem ajam a todo(a)s que dedicam a sua vida profissional e pessoal a dignificar seres humanos.
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